São Paulo, quinta-feira, 28 de novembro de 1996
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Situação de risco; Mágoa; Esclarecimento; Conversa franca; Mutação; Aliança impossível; Semelhanças; Manobra; Seleção de cartas

Situação de risco
"Quanto à reportagem 'Falta de leito expõe bebê de São Paulo' (25/11), manifesto minha preocupação com essa situação de risco e indago quais as providências da Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo para garantir a assistência hospitalar ao parto e aos recém-nascidos na área neonatal."
Euripedes B. Carvalho, presidente da Federação Nacional dos Médicos (Rio de Janeiro, RJ)

Mágoa
"Após um primeiro comercial institucional de muita criatividade, a Nintendo nos surpreende e até nos magoa com um segundo, onde sugere que a homeopatia seja algo, no mínimo, monótono, tedioso ou sem importância.
É bom lembrar, ainda, que estamos vivendo uma situação de alarde em torno de denúncias, algumas até anedóticas, contra os médicos.
Gostaríamos de lembrar que, ao contrário do slogan dos referidos comerciais, nós, os médicos, 'somos aqueles que procuram tornar sua vida melhor e mais simples'."
Luiz Antonio de Freitas, presidente do Departamento de Homeopatia da Associação Paulista de Medicina e vice-presidente da Associação Paulista de Homeopatia (São Paulo, SP)

Esclarecimento
"Cumpre-me esclarecer que não faço parte do Grupo de Trabalho de Música criado pelo Ministério da Cultura para propor uma política e mecanismos de amparo a essa atividade artística.
Esclareço, ainda, que a coordenação de música da Funarte presta apenas apoio de infra-estrutura à referida comissão e que esta, sim, é a responsável pelos estudos e proposições que possam vir a ser encaminhados para exame do Exmo. sr. ministro da Cultura."
Valéria Ribeiro Peixoto, coordenadora da área de música da Funarte -Fundação Nacional de Arte (Rio de Janeiro, RJ)

Resposta da jornalista Patricia Decia - A sra. Valéria Ribeiro Peixoto afirmou à reportagem que estava como "coordenadora interina" da comissão que estuda a "Lei da Música" durante período de licença do maestro Edino Krieger.

Conversa franca
"Gustavo Franco, falando francamente: 1) 'em países sérios, astrólogos não podem se tornar ministros do Planejamento'. Concordamos integralmente. Mas quem irá convencer FHC? Você, pelo visto, não teve sucesso.
2) 'Refreshing course 1': os dois episódios de hiperinflação no Brasil aconteceram quando economistas do 'mainstream' estavam instalados no poder por um longo tempo; aliás, você já esqueceu que estava na equipe econômica no último?
3) 'Refreshing course 2': as crises financeiras não somente são frequentes nos países que implementam políticas neoliberais como resultam extremamente caras para o contribuinte. Não sabíamos que era novidade, afinal, sempre achamos que os 'miquinhos amestrados' (nosso carinhoso tratamento aos economistas do 'mainstream') devoravam relatórios do FMI.
4) 'Os economistas devem ater-se a objetivos mais modestos, como melhorar as condições de vida.' Não temos nada contra, mas você não acha que os seus ex-colegas de Real têm seguido a fórmula de forma, digamos, excessivamente literal?"
Mário Presser, professor do Instituto de Economia da Unicamp -Universidade de Campinas (Campinas, SP)

Mutação
"Depois de ler o artigo 'O Brasil do século 21' (24/11), fiquei na dúvida: ou a Folha trocou o nome do autor ou alguém está se disfarçando em novo líder de esquerda, Paulo Maluf!!!"
José Maria Pacheco de Souza (São Paulo, SP)

Aliança impossível
"Embora não tenha procuração do PC do B para defendê-lo, gostaria de comentar a nota publicada na coluna 'Painel' de 25/11 segundo a qual o PC do B estaria conversando com o PPB para apoiar a candidatura de Delfim Netto para a presidência da Câmara.
Só quem não conhece a história do PC do B poderia imaginar que o partido se aliaria a Delfim Netto, um dos expoentes máximos do regime militar que matou militantes do partido (o regime, não Delfim)."
Evanildo Alves (São Paulo, SP)

Semelhanças
"Em matéria de reeleição, FHC e seus acólitos têm muito em comum com Renato Gaúcho e o Fluminense: também querem 'virar a mesa', rasgando o regulamento que se comprometeram a seguir, para poderem permanecer na primeira divisão."
Benjamin Teixeira Baeta (Belo Horizonte, MG)

Manobra
"Com relação à reportagem 'Embratel recua após colapso na Internet' (22/11): na minha opinião, trata-se de mais uma manobra para desacreditar a Embratel perante a opinião pública -igualzinho fizeram com a Rede Ferroviária (e depois entregá-la a preço de banana na privatização).
Algumas perguntas ficam sem resposta na reportagem. Por que a direção da empresa proibiu a área técnica de dar declarações?
Por que a empresa de consultoria também não quer dar informações? Por que a Folha não foi buscar informações junto à área técnica?
Por que a Folha, que opera o UOL e portanto deve ter suporte técnico suficiente, não analisou o problema técnico com mais profundidade?
Por que a Folha, que tem interesses na privatização dessa área, porém vende a nós leitores uma imagem de veículo isento, se presta a esse tipo de coisa deplorável?"
Wiliam Alves Barbosa (Florianópolis, SC)

Seleção de cartas
"Se o sr. João Roberto Spini Machado ('Painel do Leitor', 13/11) desconhece os critérios de seleção nesta seção, ao grande público já ficou cristalino: troca de gentilezas, respostas de personalidades ofendidas, abordagens políticas com ares de imparcialidade, jamais o interesse coletivo fraudado diuturnamente pelas iniciativas privada ou pública; é rigorosamente a mais calhorda das seções de cartas da imprensa brasileira."
Adolfo Gerbatin (Rio de Janeiro, RJ)
*
"O espaço democrático aberto já há algum tempo pela Folha, sob o título 'Painel do Leitor', me parece que virou espaço reservado a respostas de políticos ou afins, um falando mais besteiras que o outro; e o leitor comum perdeu a oportunidade de poder se expressar.
Com quem o jornal está comprometido?"
Waldir Vilcinski (Santo André, SP)

Parcialidade
"Leio atentamente as críticas do ombudsman sobre os numerosos erros da Folha. Não vi, no entanto, maior rigor nas análises sobre as jogadas da Folha.
A Folha, para falar só na campanha da capital, sempre foi parcial. Acredito que a linha editorial primou por mostrar o que apurou como mazelas petistas e escondeu, para o momento oportuno, os 'bastidores' da campanha malufista. Ou será que a Folha apurou todas as trombadas do PPB na sexta-feira e no sábado, publicando reportagem 'quentíssima' no domingo (17/11)?
Quais os motivos da Folha para não ter esclarecido durante a campanha que muitas obras podem ser paralisadas e que, em vez de cuidar de sua vida, Pitta, assim como Maluf e Cesar Maia, viverá da criação de 'factóides', como o de colocar a Rota na rua ou o de fazer do Carandiru um parque, sendo que isso é de prerrogativa do Estado?
Se a Folha só erra e omite sem má-fé, por que não divulgou notícias da 'Folha da Tarde' dando conta que Pitta sonegou impostos?"
Washington Luiz de Araújo (São Paulo, SP)

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