São Paulo, sexta-feira, 29 de novembro de 1996
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Primo de Rosane Collor é assassinado

FABIANA PEREIRA
FREE-LANCE PARA A AGÊNCIA FOLHA

O empresário Laércio Malta Brandão Filho, o Laercinho, 34, primo da ex-primeira dama Rosane Collor, foi assassinado na última terça-feira, por volta das 23h30, em Maceió (AL).
Também foi morto seu amigo Samuel Accioli Vasconcelos Jr., 35, servidor público estadual, que o acompanhava.
A polícia suspeita que o motivo do crime tenha sido uma vingança. Com os dois, estavam três meninas menores, que não foram atingidas pelos tiros.
"O Laercinho era um rapaz dado à violência. Por várias vezes ele foi acusado de ter participado em confusões e tiroteios", afirmou Walmiro Vieira de Souza, da equipe da Polícia Civil que investiga a morte.
Homicídio
Segundo a Comarca de Mata Grande (a 300 km de Maceió), responsável pelos processos judiciais nas cidades de Canapi e Inhapi -locais de domínio político da família Malta-, dois processos em que Laercinho era acusado de homicídio culposo foram encaminhados em 1994 para o Tribunal de Justiça de Maceió.
Laercinho era filho do ex-deputado estadual Laércio Malta.
Segundo a Polícia Civil, que está investigando as circunstâncias da morte, o crime teria acontecido quando Laercinho saía de uma churrascaria no bairro de Serraria, acompanhado do amigo e das três menores.
Quando caminhava em direção ao automóvel, ele e Vasconcelos teriam sido abordados por seis homens armados com pistolas nove milímetros, revólveres calibre 38 e espingardas calibre 12.
Segundo a polícia, Laercinho ainda chegou a correr cerca de cem metros.
Os homens teriam atirado em Vasconcelos, que caiu perto do carro, e perseguido Laercinho, atirando nele. Depois, os seis se dispersaram e fugiram.
Até as 18h de ontem, a polícia não tinha prendido nenhum dos autores do crime.
15 tiros
"Estamos aguardando o laudo médico requisitado ao IML (Instituto Médico Legal), mas, pelo modo como os corpos ficaram, acredito que cada um deve ter sido atingindo por uns 15 tiros", disse Souza.
A família de Laercinho não quis falar sobre o caso ou sobre as circunstâncias do crime com a Agência Folha.
Até o final da semana, funcionários da churrascaria e testemunhas que estavam no local do crime vão prestar depoimento.

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