São Paulo, sexta-feira, 29 de novembro de 1996
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Sem comprador, Fokker deve fechar

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

A empresa aeronáutica holandesa Fokker poderá encerrar suas operações nos próximos dias por falta de comprador, depois do fracasso das negociações com a empresa coreana Samsung.
A própria administração da empresa reconheceu ontem que o relançamento da empresa "é pouco provável", embora devam tentar terminar a construção de aviões encomendados por algumas empresas aéreas, como KLM, Vietnam Airlines e Egiptian Airlines.
O anúncio do fracasso nas negociações com a Samsung foi feito depois que a empresa canadense Bombardier definiu o fim de sua cooperação com a Fokker para fornecimento das asas dos aviões.
A Fokker encontra-se sob tutela judicial desde março passado, depois que o seu proprietário majoritário, a alemã Daimler, declarou que não faria mais injeções de recursos financeiros nas empresas.
O governo holandês, outro acionista majoritário, recebeu a oferta de compra da Samsung em outubro passado, mas está afinal desistindo do negócio em vista da interrupção do relacionamento com fornecedores.
A Fokker foi fundada em 1919 pelo aviador holandês Anthony Fokker, tornando-se uma das maiores fabricantes de aviões em 1928, chegando a desenvolver 125 modelos diferentes, desde aviões de passageiros até bombardeiros.
Em 1987, o governo holandês fez a primeira operação de resgate financeiro. Seis anos depois, entrou em cena a Dasa (Deutsche Aerospace), de propriedade da empresa Daimler-Benz, que assumiu então 51% da empresa.
Apesar de cortes na folha salarial e de um maior controle de custos, a depressão nos mercados mundiais de aviação e o dólar fraco provocaram a asfixia financeira da empresa, várias vezes ajudada pela Daimler e pelo governo holandês.

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