São Paulo, sexta-feira, 29 de novembro de 1996
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Privatizados ficam livres do compulsório da poupança

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Os bancos estaduais que forem privatizados deverão ficar livres de cumprir as exigências de aplicação mínima em habitação, hoje de 70% dos recursos da caderneta de poupança.
Essa autorização já foi concedida ontem ao Banerj, cuja venda deverá acontecer ainda neste ano.
O novo Banerj que surgirá da privatização terá um prazo de seis anos, até 2002, para compor a sua carteira imobiliária.
A decisão foi tomada ontem durante a reunião do CMN (Conselho Monetário Nacional).
O tratamento privilegiado poderá ser estendido a qualquer banco em processo de privatização, disse o presidente do Banco Central, Gustavo Loyola. O banco Credireal (MG) fez o mesmo pedido, mas ainda não existe definição sobre a autorização.
O banco que comprar o Banerj não levará a carteira imobiliária. Ela ficará com o BC, que poderá vendê-la a outro banco ou recuperar os créditos transferindo a atribuição de cobrança a outra instituição financeira.
O valor da carteira de crédito imobiliário do Banerj, segundo Loyola, é de cerca de R$ 700 milhões. O novo Banerj terá um cronograma, que começa em 1997 e termina em 2002, para cumprir a aplicação em habitação.
No próximo ano, ele deverá direcionar 10% do volume necessário, percentual que crescerá ano a ano até chegar a 100% em 2002.
Ontem, o CMN fixou em 0,95% o redutor da TR (Taxa Referencial) em maio de 97, o mesmo percentual de março e abril.
Em dezembro próximo, o redutor da TR estará em 0,85%.
Quanto maior o redutor, menor a remuneração das cadernetas de poupança.
Mesmo assim, a equipe econômica espera que a poupança, por não ser tributada, renda mais que as aplicações de curto prazo.

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