São Paulo, sábado, 30 de novembro de 1996
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Programa vai identificar doenças no RS

RICARDO AMORIM
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O Ministério da Saúde vai implantar no Rio Grande do Sul, a partir de segunda-feira, o Projeto de Vigilância à Saúde de Populações Expostas a Agrotóxicos.
A informação é do diretor da Divisão de Meio Ambiente e Ecologia Humana, Alfredo Benatto.
O projeto já funciona em cinco Estados: Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Bahia.
Até 97, além do Rio Grande do Sul, o programa será implantado em Santa Catarina, Distrito Federal, Espírito Santo, Pernambuco, Ceará e Mato Grosso.
O programa consiste no acompanhamento das populações para a identificação das doenças relacionadas ao uso de agrotóxicos.
Além disso, Benatto informou que um grupo de técnicos do ministério e da Unicamp vai se juntar a pesquisadores do Gipas (Grupo Interdisciplinar de Pesquisa e Ação em Agricultura e Saúde) para estudar o caso de Venâncio Aires.
Esse município gaúcho registrou índice de 37,22 casos de suicídios por 100 mil habitantes em 95, um dos mais elevados do mundo.
Segundo Benatto, não há na literatura médica relação entre o uso de agrotóxicos e o suicídio.
"Mas não podemos negar que os produtos contêm substâncias depressoras do sistema nervoso central", afirmou.
Quanto à classificação do Tamaron, que saiu da categoria de extremamente tóxico para a de altamente tóxico (mais branda), Benatto disse que as regras são definidas, em nível mundial, pela OMS (Organização Mundial de Saúde).

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