São Paulo, sábado, 30 de novembro de 1996
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Loyola rebate crítica de Delfim

DA SUCURSAL DO RIO

O presidente do BC (Banco Central), Gustavo Loyola, respondeu às críticas do deputado federal Delfim Netto (PPB-SP) sobre a defasagem cambial dizendo que "é 'démodé' (fora de moda) utilizar política cambial como incentivo à exportação".
Para o presidente do BC, o setor "tem política de incentivos adequada, como redução de impostos e financiamento".
"Não me consta que o ministro Delfim seja exportador. Ao que sei, os exportadores estão muito satisfeitos com a política econômica", disse Loyola.
Para ele, "o país está se modernizando. Há um esforço para reduzir os custos e aumentar a produtividade".
Anteontem, falando no 16º Enaex (Encontro Nacional de Comércio Exterior), no Rio, Delfim Netto -que já ocupou os ministérios da Fazenda (67 a 74) e do Planejamento (79 a 85)- havia feito pesadas críticas à política cambial do governo.
Ao ser perguntado sobre o assunto, Loyola disse que iria repetir, "pela enésima vez", que não vai haver mudanças na política cambial. "Em nosso entender, é a política mais adequada e não vemos motivo para sua mudança."
Auto-estrada
Além do câmbio, também a política de juros deve permanecer igual em 97. Para Loyola, o fato de haver déficit na balança comercial não chega a preocupar o governo.
"Dirigir a política econômica é como dirigir um automóvel. Por enquanto, estamos vendo uma auto-estrada plana e reta. Se houver algum obstáculo, pode-se mudar", disse ele.

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