São Paulo, segunda-feira, 2 de dezembro de 1996 |
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Inseticidas contaminam 84 no Pará São funcionários do combate a doenças DANIELA FALCÃO
Os funcionários foram contaminados porque não estavam usando equipamentos de segurança obrigatórios -botas, capacetes, macacão, óculos, luvas e máscaras. Para o presidente da FNS, Edmundo Juarez, "é muito difícil" convencer os funcionários da importância dos equipamentos. "Faz muito calor no sul do Pará e não dá para o funcionário ficar todo empacotado. A solução é substituir os inseticidas mais tóxicos por outros menos perigosos e que tenham a mesma eficiência." Ao todo, 16 mil funcionários fazem o combate a mosquitos que transmitem doenças endêmicas usando esses dois inseticidas. Os funcionários contaminados afirmam sentir dores pelo corpo inteiro, insônia, nervosismo, dificuldade de audição e de caminhar, desmaios e perda da força física. Só os quatro que estão sendo medicados em Belém estão recebendo. O secretário da Saúde do Pará, Vítor Mateus, proibiu o uso do DDT e do Mallation. Mas a FNS diz que a utilização só será suspensa quando acabarem os estoques. O DDT é o maior responsável pela intoxicação porque tem grande poder tóxico e não é biodegradável. Ele será substituído pelo Etofentrox, bem menos poluente. Os funcionários da FNS querem que seja suspenso o uso de inseticidas e que o combate aos mosquitos seja feito por controle biológico. "Um estudo da Fundação Oswaldo Cruz mostra que dá para controlar a febre amarela sem inseticidas. Seria mais barato e traria menos riscos", diz Guilherme Rodrigues Filho, diretor da Condsef (Confederação Democrática dos Trabalhadores no Serviço Público Federal). O presidente da FNS diz ser "impossível" combater a malária com controle biológico. "O mosquito anofelino (transmissor da malária) vive espalhado pela selva. É impossível impedir sua reprodução sem inseticidas." Texto Anterior: "Postura indicava lesão no cérebro", diz Pagura Próximo Texto: Público sai após ver Bad Religion Índice |
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