São Paulo, segunda-feira, 2 de dezembro de 1996
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França libera fumo e corta propaganda

BETINA BERNARDES
DE PARIS

O fumante que chega à França não precisa ter medo de ser multado ou retirado de um lugar público se acender um cigarro. Só deve prestar atenção se está na área onde o fumo é autorizado.
Pela legislação francesa, restaurantes, cafés e locais nos quais se vende bebida devem ter zonas para fumantes e não-fumantes.
Esses lugares não precisam de uma separação física, mas devem estar assinalados de forma clara.
Em estações de metrô e dentro das composições é proibido fumar, assim como nos ônibus. Em viagens longas de trem, balsa ou avião, há áreas para fumantes.
Há multa de 300 francos (US$ 60) para quem fumar em local proibido e de 3.000 francos (US$ 600) para o comerciante que não tiver separação para fumantes e não-fumantes.
Para fumar em hotéis ou edifícios, é preciso perguntar se é permitido -e os franceses costumam ser tolerantes.
Cigarros são vendidos nos locais que trazem uma placa, em vermelho e branco, com o nome Tabac. Alguns restaurantes e cafés que não têm a placa vendem maços, mas o preço é mais alto.
Na França não há interdição quanto ao consumo do cigarro. Mesmo menores de idade podem comprar o produto: cabe ao comerciante decidir se deve ou não vender. Os maços têm o aviso "Afeta gravemente a saúde".
A publicidade de fumo é totalmente proibida nos meios de comunicação, seja TV, rádio, jornal, revista, cartaz ou outdoor.
O país conta, de acordo com o CDIT (Centro de Documentação e de Informação sobre Tabaco), com 14 milhões de fumantes, ou 33% da população ativa.
Nos nove primeiros meses do ano, a venda de tabaco somou 54,37 bilhões de francos (US$ 10,8 bilhões) -foram comercializados 65,176 bilhões de cigarros.
Segundo dados da Conferência Mundial sobre o Tabaco e a Saúde, mais de 20 mil casos de câncer de pulmão são atribuídos ao tabagismo a cada ano na França.

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