São Paulo, segunda-feira, 2 de dezembro de 1996
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Mercado regula em Londres

LUCIA MARTINS
DE LONDRES

Apenas 40% dos locais públicos têm áreas destinadas a fumantes no Reino Unido, segundo estudo feito em 1995 pelo Departamento de Meio Ambiente, responsável pelas políticas britânicas de fumo.
O documento lamenta o número e afirma que a taxa "ainda está longe da pretendida, de 80%".
Apesar de considerar que faltam áreas destinadas aos fumantes, não há leis específicas para todos os locais públicos.
As únicas três proibições contidas na legislação se referem ao fumo no metrô, em cozinhas de restaurantes e em locais onde são estocados produtos inflamáveis.
Proprietários de bares, restaurantes e hotéis têm liberdade para acolher ou não fumantes.
A regra acaba sendo a favor de quem fuma porque, se o local não permite cigarros, o dono é obrigado a fixar uma sala especial (fumódromo). No caso contrário, vale a lei do mercado.
E os números mostram a opção feita pelos comerciantes. Só 13% dos bares e restaurantes possuem fumódromos. Nas lojas, a situação é exatamente a mesma, ainda segundo números do Departamento do Meio Ambiente. Em escolas e cursos, a taxa cai para 9%.
Por isso, para o turista fumante, o Reino Unido é o paraíso. O cigarro junto com a cerveja ou após o almoço dificilmente será proibido.
Os anúncios de cigarros, no entanto, são bastante controlados, e são regulados por um acordo feito entre governo e produtores.
Segundo o acordo, há três proibições principais: os produtores de cigarro não podem colocar cartazes ou outdoors a uma distância inferior a 200 metros das escolas; os textos dos anúncios não podem relacionar o produto com nenhum tipo de sucesso (profissional, amoroso etc.); a publicidade de cigarros não pode ocupar mais que 25% do espaço pago de revistas femininas e está vetada em revistas ou publicações para um público com menos de 18 anos.

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