São Paulo, terça-feira, 3 de dezembro de 1996 |
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Bamerindus volta à Bolsa e fica estável
DA REPORTAGEM LOCAL; DA SUCURSAL DE BRASÍLIA As ações do Banco Bamerindus fecharam estáveis ontem na Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo), após uma hora e meia de negociação no final do dia.Os papéis do banco ficaram suspensos do pregão (leilão diário de ações na Bolsa) até as 16h, devido à reportagem publicada pela Folha no último sábado, sobre o acordo a ser anunciado nesta semana entre o Banco Central e o controlador do banco, senador José Eduardo de Andrade Vieira (PTB-PR). Em comunicado à Bolsa, o Bamerindus negou as informações da reportagem. Liberadas, as ações foram alvo de apenas seis negócios no final do dia, fechando cotadas a R$ 17,00 o lote de mil, com volume financeiro de R$ 57 mil. A reportagem da Folha apurou, junto a uma das partes envolvidas na negociação, que o senador Andrade Vieira já aceitou deixar a presidência do banco. O governo vai financiar um grupo de executivos para assumir o controle acionário da Fundação Bamerindus, atual controladora do banco, que será extinta. Esse empréstimo será semelhante aos oferecidos pelo Proer (programa de apoio à reestruturação do sistema financeiro nacional). Com os recursos, será aumentado o capital do banco. O controle acionário será temporário: os executivos serão obrigados a vender, em até dois anos, as ações compradas da fundação. Para isso, contratarão um banco privado para preparar um novo perfil do Bamerindus. Os bancos Pactual, Icatu e Graphus fizeram propostas sobre uma nova modelagem da instituição. Esse acordo foi proposto pelos executivos do Bamerindus ao BC há dois meses. O governo usou um modelo semelhante no acordo com o governo paulista sobre o Banespa, fechado há uma semana. O grupo de executivos será definido pelo BC e pelos atuais controladores do banco paranaense. A solução deve envolver também uma administração conjunta com o BC por um tempo determinado. Durante a gestão do banco contratado, os executivos irão vender as empresas não-financeiras do grupo Bamerindus, como a Inpacel, empresa de celulose. Texto Anterior: Juro do crediário vai de 4% a 7%, diz Procon; Ford quer demitir 400 funcionários em SP; Mesbla pede dispensa de depósito à Justiça Próximo Texto: Consumidor começa a quitar suas dívidas Índice |
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