São Paulo, terça-feira, 3 de dezembro de 1996 |
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Projeto do Simpi abre 3.000 empresas
ARTHUR PEREIRA FILHO
Pesquisa feita junto aos usuários do sistema revela que 80% dessas novas empresas vão contratar funcionários. No total, pretendem criar 11.980 postos de trabalho. Desde o dia 2 de setembro, o registro de qualquer tipo de empresa em São Paulo -menos bancos e sociedades anônimas- pode ser feita na sede do Simpi. A entidade instalou computadores conectados com a Junta Comercial, Receita Federal e Secretaria da Fazenda estadual. "Se não houver problema com os documentos, o usuário recebe em 24 horas o registro comercial, o CGC e a inscrição estadual", conta Joseph Couri, presidente do Simpi. Fora do Simpi, a abertura de uma empresa leva, em média, 45 dias. O registro pelo Simpi sai por cerca de R$ 150,00. A entidade cobra R$ 100,00 pelo serviço 24 horas. O restante são taxas convencionais. A demora só é maior para empresas que necessitam apresentar documentos adicionais à Cetesb (controle ambiental) e Secretária da Saúde (controle sanitário). Investimento Para driblar a burocracia, o Simpi investiu R$ 400 mil na implantação do projeto "Legalização sem Complicação". Foram contratados 42 funcionários. Atualmente o Simpi registra cerca de 80 empresas por dia. Mas o sistema tem capacidade para abrir até 250 firmas. Segundo dados do IBGE, existem cerca de 1 milhão de empresas em São Paulo. Desse total, 99,1% são microempresas. O projeto passou por um teste de eficiência no primeiro mês de implantação. Dos cerca de 4.000 pedidos de registro feitos no período, apenas 10% foram concedidos. "Houve muita tentativa de fraude", diz Couri. "Atualmente, temos apenas um caso de tentativa de fraude em cada mil pedidos." Pesquisa A pesquisa feita pelo Simpi mostra que 85,4% das firmas abertas no período são microempresas, ou seja, têm faturamento máximo previsto de R$ 6 mil por mês. O desejo de montar o próprio negócio foi apontado por 61% dos entrevistados como o motivo da abertura da firma. Apenas 2% dos novos empresários dizem que estão abrindo a empresa porque perderam o emprego. A maior parte das empresas -70%- está se instalando na Grande São Paulo. O restante vai para o interior do Estado. Entre os novos empreendedores, 55% estão abrindo empresa pela primeira vez e 34% terminaram curso universitário. Texto Anterior: Dólar projeta desvalorização de 0,69% Próximo Texto: Idéia de recessão é 'ridícula', afirma FHC Índice |
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