São Paulo, terça-feira, 3 de dezembro de 1996 |
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Ilusionista se desintegra em ventilador
CLÁUDIA TREVISAN
O novo show é o mais intimista da carreira de Copperfield. Não só por trazer uma série de referências a pessoas (infância, sonhos e pesadelos) como por ser o primeiro apresentado em um espaço menor que o usual, no qual a platéia está bastante próxima do palco. Para desenvolver o novo show, Copperfield contratou alguns pesos-pesados do mundo do cinema e do teatro. Francis Ford Coppola trabalhou como consultor de criação e a designer Eiko Ishioka desenvolveu os figurinos e os cenários. Eiko ganhou um Oscar por seu trabalho em "Drácula", de Coppola. O texto é do dramaturgo David Ives. Copperfield mistura números sofisticados com truques clássicos de mágica, como o jogo de cartas e a junção de anéis. O cenário é grandioso. Entre outras coisas, tem um ventilador gigante no qual Copperfield se "desintegra" em um dos melhores truques do show -e reaparece em um lugar inesperado. A platéia tem um papel fundamental no espetáculo. Várias pessoas são chamadas a subir ao palco ou a ceder objetos, o que aumenta a credibilidade dos truques. O show também faz uma junção inusitada de cândidas recordações infantis com números de dança bastante insinuantes. Um menino de dez anos é a imagem de Copperfield criança. Ele aparece nas cenas autobiográficas, como na que faz referência ao avô do mágico, que foi o grande incentivador de sua carreira. Duas dançarinas fazem o papel de modernas e pouco ortodoxas "partners" de mágico. Em um dos números, "Voyeur", as duas dançam em uma cama de casal e trocam olhares insinuantes. Segundo sua assessoria, apenas alguns objetos muito grandes não serão levados ao Brasil. Copperfield fará seis apresentações no Rio (3 a 8 de junho) e seis em São Paulo (10 a 15 de junho). (CT) Texto Anterior: Copperfield vai à Broadway e vem ao Brasil Próximo Texto: Guia ensina a ter estilo e personalidade Índice |
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