São Paulo, quarta-feira, 4 de dezembro de 1996
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Adesão é menor que a esperada

Programa vai até dia 18

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O PDV (Programa de Desligamento Voluntária) do governo federal obteve, até agora, a adesão de 6.000 servidores, disse ontem o ministro da Administração Federal e Reforma do Estado, Luiz Carlos Bresser Pereira.
Mantido o atual ritmo, o programa não chegará à meta do governo de reduzir em 30 mil funcionários o seu quadro de pessoal.
Apesar de considerado ótimo por Bresser, o resultado atual está abaixo do que era esperado. Iniciado no dia 21 de novembro, o programa teve em média 670 adesões por dia até ontem, conforme os dados divulgados.
Se for mantida essa média, o total de adesões deverá ficar em aproximadamente 17 mil até o dia 18 de dezembro, último dia para quem quiser aderir ao programa.
A previsão é que a média de adesões caia a partir da próxima semana. É que termina amanhã o incentivo adicional de 25% sobre a indenização para quem aderir ao programa nos seus 15 primeiros dias.
Com o fim desse benefício, a média diária de adesões deve ficar inferior à observada hoje.
A partir de sexta-feira, o incentivo será de 5% e na última semana do programa de demissões não haverá mais nenhum incentivo.
O ministro Bresser, porém, afirmou que não é possível falar em adesão menor devido à redução do incentivo. Não há lógica para isso, disse ele.
Adesões
Os cargos com maior número de adesões são os seguintes: agente administrativo, agente de portaria, assistente de administração, auxiliar administrativo, auxiliar operacional de serviços gerais, datilógrafo e motorista.
"Não são os técnicos que estão saindo", disse o ministro. Bresser também negou conflito com os ministros Paulo Renato Souza (Educação) e Reinhold Stephanes (Previdência Social) devido ao programa de demissão.
Há áreas em que o governo não deseja perder servidores, mas eles não foram proibidos de aderir ao programa, disse ele.
Bresser citou os seguintes exemplos: técnicos de universidades e médicos peritos.
"Acredito que não haverá problemas, e os 3% devem ser suficientes", disse o ministro.
Ao falar em 3%, Bresser se referia ao índice máximo de pedidos de demissão que pode ser indeferido em cada ministério.
"Eu vou conversar com o Stephanes se for o caso, mas não acredito que seja necessário", afirmou Bresser.

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