São Paulo, quarta-feira, 4 de dezembro de 1996
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Discussão de projeto do Banespa é adiada

Muitas emendas são o motivo

IGOR GIELOW
DA REPORTAGEM LOCAL

A liderança governista na Assembléia paulista adiou para hoje a convocação de um congresso de comissões para analisar o acordo que rola a dívida estadual embutindo a federalização do Banespa.
O motivo é a quantidade de emendas apresentadas ao projeto de lei do governo, superior a duas dúzias. Congresso é o nome dado às sessões conjuntas de comissões (de Constituição e Justiça e Assuntos Econômicos, por exemplo) que analisam um projeto.
Em vez de passar por três ou quatro comissões de análise por vez, há uma avaliação única -cujo trâmite é mais rápido.
O adiamento foi informado aos líderes partidários por volta das 18h de ontem. Para a oposição petista, a principal contra o acordo do Banespa, o adiamento se deve à complexidade do tema e ao caráter técnico das emendas.
O atraso, porém, pode fazer parte da intenção do governo Mário Covas (PSDB) de votar o projeto durante sessão extraordinária após o fim oficial do ano legislativo -que ocorrerá após a votação do Orçamento estadual, marcada para os dias 11, 12 e 13.
A avaliação corrente é que o projeto será aprovado dentro dos prazos estipulados pelo governo, uma vez que o PMDB está garantindo pelo menos 13 votos à antes instável maioria de Covas -que agora pode chegar até a quase 70 dos 94 votos.
Grupo de trabalho
O governo federal nomeou ontem os integrantes do grupo de trabalho que irá detalhar as medidas do acordo. O diretor do Banco Central Paolo Enrico Maria Zaghen coordenará o grupo.
Os outros representantes do governo federal são o secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, José Roberto Mendonça de Barros, o secretário-adjunto do Tesouro, Fábio Barbosa, e o chefe da Assessoria Econômica do Ministério do Planejamento, Amaury Bier.

Colaborou a Sucursal de Brasília

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