São Paulo, quinta-feira, 5 de dezembro de 1996![]() |
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Portuguesa 'navega nas ondas médias' Radialista transmite seus jogos há 24 anos SÉRGIO KRASELIS; ALEXANDRE GIMENEZ
A frase é do radialista Armando de Barros, coordenador-geral da equipe que faz todas as transmissões dos jogos da Portuguesa pela rádio Mundial, de São Paulo. Barros conta que a idéia surgiu em 1972. Torcedor do time, não conseguia aceitar a idéia de não ter os jogos da Portuguesa narrados pelo rádio. Decidiu criar a equipe Líder, hoje formada por oito pessoas, que contratou um horário na rádio Boa Nova, onde ficou 14 anos. Em 1986, trocou a emissora pela rádio Trianon e, em seguida, pela Nacional, até chegar a Mundial em 1993. Com o slogan "na alegria ou na tristeza somos sempre Portuguesa", Barros diz que uma pesquisa recente apontou que, de 4.000 panificadoras paulistanas, 2.800 estão sintonizadas na Mundial. "Já viajamos com o time para a Coréia do Sul, Espanha, Portugal e França. Temos um compromisso com a torcida", diz Barros. Segundo ele, que comanda de segunda a sexta-feira o programa "Rubro-Verde", ao vivo, do Canindé, com notícias sobre a comunidade luso-brasileira e principalmente informativos do clube, o retorno é gratificante. "Recebemos muitos telefonemas. Dizem que a Mundial é pé-quente. Só estamos esperando agora para festejar o título", avisa Waldemar Ciglione, 78, diretor-superintendente da emissora, ex-goleiro do São Paulo entre 1937 e 38. Contribuição A famosa frase "é dando que se recebe" pode ser usada na relação entre a rádio Mundial e a Portuguesa. "A Portuguesa paga as despesas de viagem e hotel para os radialistas quando jogamos fora de São Paulo. Isso não é nada demais, já que a Mundial é a única rádio que transmite, normalmente, os jogos da Portuguesa", disse Ilídio Lico, vice-presidente de futebol do clube. Além das despesas com viagens, a Portuguesa ajuda a Mundial a conseguir patrocinadores. Atualmente, o "Armarinhos Fernando", patrocinador da Portuguesa, é um dos principais anunciantes da programação esportiva da rádio. "Eu já ajudei a rádio algumas vezes. Também auxiliei na procura de empresários portugueses que poderiam patrocinar a programação esportiva", disse Lico. O dirigente afirma que a relação com a rádio não faz a Mundial diminuir possíveis críticas à diretoria do clube. "Mas são sempre críticas construtivas." Texto Anterior: Atlético-MG aposta na preparação física Próximo Texto: Os galos tecem a manhã do futebol Índice |
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