São Paulo, quinta-feira, 5 de dezembro de 1996
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Garotas disputam pela 2ª vez

DA REPORTAGEM LOCAL

Este é o segundo vestibular do ITA com mulheres disputando as vagas dos cinco cursos de engenharia. São 846 inscritas.
No ano passado, o Ministério da Aeronáutica, depois de 45 anos de exclusividade masculina, autorizou a abertura das inscrições para as mulheres.
Foram aprovadas nove garotas, das quais três permaneceram no instituto.
Patrícia Rodrigues, 18, é uma delas. Apesar de ter sido aprovada em outros vestibulares, preferiu cursar o ITA. "Há melhores perspectivas para o futuro." Ela faz infra-estrutura aeronáutica.
Sua amiga Karina de Sousa, 19, que faz aeronáutica, diz que já está perfeitamente integrada. "Estamos ensinando a lidarem com a novidade, com o fato de que somos mulheres."
A outra pioneira é Christianne Basílio, 17, que cursa engenharia eletrônica. As três dividem um quarto no Hotel de Trânsito do CPA (Centro Técnico Aeroespacial), onde fica o ITA.
Segundo Karina, o primeiro ano foi bem puxado. "Além das aulas, havia o CPOR (treinamento militar)." Logo no primeiro mês, elas participaram de um acampamento simulando uma situação de guerra.
O convívio com os colegas homens é normal. "Nunca houve preconceito", diz Karina.
Patrícia se diz orgulhosa de estar entre as primeiras mulheres no ITA. "Aqui não há nada que uma mulher não possa fazer."

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