São Paulo, quinta-feira, 5 de dezembro de 1996 |
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Mulher vai mandar na ABL
RONI LIMA
Será a primeira vez no mundo que uma mulher presidirá oficialmente uma academia de letras. A novidade já rendeu a Piñon pedidos de entrevistas para o jornal francês "Le Monde" e o espanhol "El Pais". Vencedora em 1996 do prêmio "Juan Rulfo", o Nobel da América Latina, pelo conjunto de sua obra, a escritora chega ao posto máximo da sisuda ABL por ter demonstrado, na avaliação dos outros imortais, que é boa administradora. Desde agosto, quando o atual presidente, o filólogo Antonio Houaiss, quebrou uma perna, Piñon assumiu interinamente o cargo. "Ela tem andado muito bem. É competente e zelosa", diz o ex-presidente Josué Montello. Com 40 integrantes, chamados de imortais, a ABL tem apenas três mulheres: Rachel de Queiroz, Lygia Fagundes Telles e Piñon. O centenário de fundação será comemorado em 20 de julho de 1997. "Eu era conhecida só pelo meu lado de escritora. As pessoas não sabiam que eu adoro a realidade concreta", afirma. Próximo Texto: Coluna Joyce Pascowitch Índice |
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