São Paulo, sexta-feira, 6 de dezembro de 1996
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Advogada nega tortura

DA REPORTAGEM LOCAL

A advogada Rosany Porto Aidar disse ontem que seus clientes jamais torturaram ninguém no 15º DP ou no 37º DP. "Os depoimentos foram tomados na presença de testemunhas idôneas", disse.
Ela também negou a nova acusação feita ontem contra os policiais do 15º DP: manter o adolescente E.S.C., 17, preso ilegalmente por quatro dias na cadeia da delegacia. "Ele (E.S.C.) prestou depoimento no inquérito na presença da própria mãe", disse.
E.S.C. teria sido detido em 21 de setembro passado sem ordem judicial com dois outros dos então acusados do crime. "Eles me bateram e me deixaram sem comer", disse E.S.C., que depôs ontem na Corregedoria da Polícia Civil.
"Só o soltaram após a mãe encontrá-lo", afirmou a advogada do adolescente, Maria Elisa Munhol.
Os delegados José Eduardo Jorge e João Lopes Filho, responsáveis pelas investigações do 15º DP, mantêm a afirmação de que não houve tortura na delegacia. Eles também disseram que confiam em seus policiais e que os depoimentos foram acompanhados por testemunhas não-ligadas à polícia.
Indiciamento
Ontem, o Departamento de Homicídios indiciou o vendedor ambulante Sebastião Alves Vital, 31, o "Bastos", pelas mortes no bar Bodega. Bastos confessou o crime ao depor.
"É o fim da carreira para mim. Agora, só estou pensando em Deus", disse. Quatro testemunhas o reconheceram.

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