São Paulo, sábado, 7 de dezembro de 1996 |
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Demissões ficam abaixo do esperado
SILVANA QUAGLIO
Na projeção mais pessimista, o ministro da Administração, Luiz Carlos Bresser Pereira, esperava a a adesão de pelo menos 16 mil funcionários. Enquanto a expectativa mais otimista era de 32 mil, ou 10% dos funcionários elegíveis. A União emprega 550 mil funcionários, dos quais 327.785 trabalham em áreas consideradas não essenciais. Estes podem participar do programa (elegíveis). Diante do resultado divulgado ontem por Bresser, em São Paulo, o governo espera encerrar o programa, no próximo dia 18, com 14 mil funcionários demitidos, o que significa uma economia de R$ 200 milhões por ano, segundo a União. "Não fixamos meta numérica. Fizemos apenas estimativas", disse Bresser. "O objetivo sempre foi demitir funcionários desmotivados. E isso nós conseguimos." Como as estimativas não estão se confirmando, o ministro da Administração afirmou que as demissões de funcionários não estáveis poderão ter de ser maiores. "Vamos analisar isso cuidadosamente. Ainda não podemos decidir nada", disse o ministro. Bonificação A tabela estabelecida pelo PDV prevê que funcionários com até 14 anos de serviço receberiam indenização de um salário por ano de trabalho; entre 14 e 25 anos de serviço, a indenização seria de 1,5 salário por ano trabalhado; e mais de 25 anos de serviço, 1,8 salário. Na primeira fase, iniciada em 22 de novembro e encerrada ontem, os funcionários tinham direito a uma bonificação de 25% sobre o valor da indenização prevista pela tabela de adesão ao PDV. A segunda fase vai até o dia 11 de dezembro, com bonificação de 5% sobre os valores da tabela. Os funcionários que entrarem no programa entre os dias 11 e 18 de dezembro não receberão nenhuma bonificação. Estes terão direito, apenas, à indenização. Estados O Estado do Rio foi o campeão de pedidos, com a adesão de 112.728 funcionários (3,34% dos elegíveis). Mas proporcionalmente, o recorde é do Amapá, onde 5,85% dos funcionários aderiram. Segundo Bresser, muitos funcionários do Amapá não foram admitidos regularmente. Houve distorções quando o então Território foi transformado em Estado. Isso justifica o grande interesse dos funcionários do Amapá pelo PDV. Entrando no programa, o funcionário troca a estabilidade no emprego, mais a aposentadoria integral, por uma soma média de R$ 32 mil. A maior indenização paga nesta fase foi de R$ 83.900. Texto Anterior: Teles serão privatizadas Próximo Texto: Dicionário "Folha Webster's" começará a circular amanhã Índice |
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