São Paulo, sábado, 7 de dezembro de 1996 |
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'Céu' encobre Guerra Fria
INÁCIO ARAÚJO
Estamos em 1962, na Guerra Fria, e a discussão, em princípio, gira em torno de fazer testes nucleares em plena atmosfera. Mas lá está Jéssica Lange (que ganhou o Oscar de melhor atriz pelo filme). A seu lado, está o marido, o engenheiro militar Tommy Lee Jones. Por perto, fica Powers Boothe, o comandante da base. Jessica é bela, fútil, enérgica, sedutora. Não é espantoso que o comandante trate de internar o marido como caso psiquiátrico, a fim de ficar com a mulher. Mas o que esse triângulo amoroso sufoca é outra coisa: a Guerra Fria, o militarismo, as prioridades dementes do armamentismo. Fosse um filme sobre a URSS, o internamento psiquiátrico seria um assunto político. Como é nos EUA (e baseado em uma história real, no mais), o internamento tornou-se um fato amoroso. Isto também é Hollywood. (IA) Texto Anterior: CLIPE Próximo Texto: Júlio Verne criou a maior jangada do mundo Índice |
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