São Paulo, sábado, 7 de dezembro de 1996
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Estranheza; Indignação; TFP; Avenida humanizada; Reforma agrária; Cumprimento; Conteúdo; Homens e futebol; Português; Salário milionário; Seleção de cartas; Movimento injustiçado

Estranheza
"Incumbiu-nos o presidente do Banco Central do Brasil de manifestar sua estranheza e total desacordo com os termos da reportagem 'Bamerindus deve ter crédito de R$ 6 bilhões' (5/12), assinada por Sônia Mossri.
Além de considerar improcedente a informação, o presidente do Banco Central quer deixar claro, por nosso intermédio, que em hipótese alguma costuma tratar de questões relativas a instituições financeiras específicas -de absoluto sigilo- em conversas telefônicas com parlamentares ou quaisquer outras pessoas, como, de forma lamentável, afirma a referida reportagem."
Reynaldo Domingos Ferreira, assessor de imprensa do Banco Central do Brasil (Brasília, DF)

Resposta da jornalista Sônia Mossri - A Folha conseguiu as informações junto a quatro senadores, sob a condição de que seus nomes não seriam divulgados. A reportagem tentou ouvir a assessoria de imprensa do Banco Central, mas não obteve resposta.

Indignação
"Indignação nacional: essa é a expressão que encontro para definir a indignação de milhões de brasileiros aposentados com minguados salários mínimos, após 30 a 35 anos de árduo trabalho, ao verificar o quanto milhares de anistiados e 'pseudos ex-combatentes' estão a ganhar da deficitária Previdência nacional.
O Brasil precisa mudar urgentemente essa legislação espúria."
Genovêncio Mattos Neto (Florianópolis, SC)

TFP
"Inquietou-me o reacionarismo de publicidade paga pela TFP, publicada neste jornal em 4/12, na qual utiliza aquela sociedade dos mais vis argumentos contrários a qualquer maneira de reforma agrária no Brasil, a qual enxergamos como um processo inexorável, pois condição necessária para o bem geral de nosso povo."
Luiz Henrique Diniz Araujo (Recife, PE)

Avenida humanizada
"Parabéns ao leitor Nélio Próspero, de Osasco ('Painel do Leitor', 1º/12). Realmente, deve-se ter a coragem e a competência de retirar os caminhões das ruas de São Paulo, das 6h às 20h.
A experiência com a av. 23 de Maio revelou-se não apenas bem-sucedida, como também humanizou aquela avenida, uma vez que os veículos particulares e coletivos não são mais oprimidos pelos milhares de caminhões -vide av. dos Bandeirantes."
Fernando Dorfman Knijnik (São Paulo, SP)

Reforma agrária
"A Folha costuma condenar, em seus editoriais, as invasões do MST. Ela não esclarece, entretanto, que 'truculentas', 'incivilizadas' e 'ilegais' têm sido antes as políticas de reforma agrária dos nossos governantes, deixando milhares de famílias definhando em beira de estrada; sem contar os corumbiaras e carajás.
A Folha costuma contrapor, de modo maniqueísta, uma reforma agrária via mudanças no ITR à reforma agrária 'administrativa', de redistribuição de terras. Agora, a Folha publica o excelente artigo do professor Luís Carlos Guedes Pinto (4/12), mostrando que as mudanças no ITR devem ser pensadas somente como complementares, ainda que importantes, tendo em vista todas as evidências, teóricas e práticas, até hoje disponíveis.
Será que a Folha terá a dignidade de publicar esta carta, tendo em vista uma questão entalada na garganta de centenas de milhares de pessoas preocupadas com o futuro do país: 'Como condenar as invasões como sendo criminosas se os governantes são os primeiros a agir de modo criminoso'?
Ou será que a Folha só respeita a opinião de professores da Unicamp?"
Filipe Ceppas (Rio de Janeiro, RJ)

Nota da Redação - A Folha considera a via fiscal a única forma de combater o uso especulativo da terra, preservando os direitos de proprietários e trabalhadores previstos em lei.

Cumprimento
"Cumprimentamos a Folha pela edição do suplemento BR-2000 (29/11), importante e inédito trabalho que engrandece o esporte brasileiro e demonstra a seriedade do posicionamento do Brasil na Olimpíada 2000."
Celby Rodrigues Vieira dos Santos, diretor-técnico da Cape Editora Publicidade Ltda. (Rio de Janeiro, RJ)

Conteúdo
"'O pio de Guerra', de Josias de Souza (2/12), é saboroso na forma e estilo e profundo no conteúdo.
Isso é o jornalismo de que o Brasil carece."
Benedicto Ribeiro (São Paulo, SP)

Homens e futebol
"O artigo 'Até homens inteligentes gostam de futebol', de Marilene Felinto, é simplesmente algo digno de constar em qualquer biblioteca do mundo que contenha artigos e análises sobre a condição da mulher moderna.
É impressionante como, em poucas palavras, consegue descrever a situação da maioria esmagadora de todas as mulheres que conheço (inclusive a minha, infelizmente)."
José Roberto Baldini (Vinhedo, SP)
*
"Poucas vezes li um artigo sobre a condição feminina redigido com tamanha síntese como o de Marilene Felinto, 'Até homens inteligentes gostam de futebol'.
Penetrou fundo nos dramas femininos, que não mudaram, apesar das aparentes conquistas apregoadas."
Maria da Glória Sá Rosa (Campo Grande, MS)

Português
"A Folha de 26/11 fez críticas sobre o desempenho dos estudantes nos testes de português. Lamentavelmente, porém, os jornais contribuem para que isso ocorra.
A Folha, por exemplo, desconhece as regras básicas para o uso da crase; sinto calafrios quando vejo craseado o 'a' de 'venda a prazo' ou mesmo de 'venda a vista'."
Sérgio Approbato Machado (São Paulo, SP)

Salário milionário
"Apesar do bom elenco, qual a causa de o São Paulo ter ficado fora dos oito classificados na primeira fase do Brasileiro?
Dentre outras, uma é relevante: o salário do Muller é maior que todos os salários somados do elenco da Portuguesa! E o salário do Muller somado com o do Parreira era maior que os salários somados de todo o restante do elenco tricolor.
Dá para pensar, não?"
Américo Nantes de Faria (Americana, SP)

Seleção de cartas
"Venho, também, protestar como o leitor Olavo P. Credidio ('Painel do Leitor', 23/11) e tantos outros que reivindicam o 'Painel do Leitor' para o leitor."
Julio Minervino (São Paulo, SP)

Movimento injustiçado
"É lamentável ver como a mídia tem dado uma idéia superficial do movimento punk, que não é apenas um bando de gente destrutiva e inconsequente.
Hoje o movimento punk tem engajamento em muitas causas políticas e sociais: junto aos movimentos negro, homossexual, sem-terra e muitos outros em todo o mundo.
É preciso diferenciar estilo musical e ideologia para ter uma idéia precisa do punk."
Agenor Winter Santos (Guarulhos, SP)

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