São Paulo, domingo, 8 de dezembro de 1996
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HC testa hormônio em menopausa

JAIRO BOUER; AURELIANO BIANCARELLI
ESPECIAL PARA A FOLHA E DA REPORTAGEM LOCAL

Um protocolo inédito está sendo realizado no Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo para testar os benefícios que o GH (hormônio de crescimento) traz para mulheres com mais de 60 que estão na menopausa há pelo menos dez anos.
Sami Liberman, médico do serviço de geriatria do HC-USP e coordenador do protocolo, diz que as selecionadas não tinham doenças graves.
Quarenta delas foram escolhidas e divididas em quatro grupos.
O primeiro só recebia cálcio; o segundo, cálcio e hormônios femininos (usados para impedir os efeitos da menopausa); o terceiro, cálcio e GH; o último, cálcio, GH e hormônios femininos.
Avaliações foram feitas a cada três meses. Uma série de exames foi feita para checar a qualidade dos ossos, os níveis do colesterol, a quantidade de gordura no corpo e possíveis efeitos colaterais dos hormônios.
Análise inicial
Segundo Liberman, a análise inicial mostra que o grupo com resultados mais pobres foi o que recebeu só cálcio. Os outros três tiveram resultados comparáveis. Todas as mulheres desses grupos tiveram benefícios.
As mulheres que receberam todas as substâncias (cálcio, GH e hormônios femininos) parecem ter maior benefício. No entanto, estatisticamente, a diferença não pôde ser demonstrada.
Uma das mulheres que recebeu GH desenvolveu um quadro de diabetes, e outra enfrentou dores ósseas. O tempo de acompanhamento foi de um ano.
Radicais livres
Uma pesquisa sobre o estresse oxidativo vem sendo realizada pelo Centro de Estudos do Envelhecimento da Unifesp desde 1991. Cerca de 1.600 pacientes são acompanhados.
O objetivo é avaliar o quadro clínico dos pacientes e dosar os radicais livres. As dosagens indicarão se há necessidade ou não de reposição e quais substâncias deverão ser repostas.
(JB e AB)

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