São Paulo, domingo, 8 de dezembro de 1996
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Compensação de cheques em 24 horas tem novo piso

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A partir de amanhã, cheques da mesma praça com valor até R$ 210 serão compensados em 48 horas. O limite mínimo para compensação em 24 horas, alterado pelo Banco Central, era de R$ 130.
O chefe do Departamento de Operações Bancárias do Banco Central, Luiz Gustavo da Matta Machado, explicou que o limite foi alterado devido ao maior volume de cheques emitidos em todo final de ano.
Com a alteração, o BC atende, em parte, a antiga reivindicação dos bancos para que seja extinta a compensação de cheques em 24 horas.
O sistema bancário alega que esse prazo para a compensação eleva seus custos operacionais. Os bancos são obrigados a investir em equipamentos mais caros e a empregar mais funcionários.
Além do mais, argumentam os bancos, a urgência na compensação de cheques não se justifica mais com a inflação baixa.
Antes, um período adicional de 24 horas na compensação de um cheque chegou a representar a perda de até 1% do poder de compra. Agora, a diferença é mínima.
Os bancos querem que todos os cheques da mesma praça sejam compensados em 48 horas. Quando as praças são diferentes há outros prazos, mais longos.
O BC elaborou estudo que concluiu pelo apoio ao fim da compensação de cheques em 24 horas.
Mas, até agora, o governo não decidiu pela alteração porque ela seria impopular.
Pode ocorrer uma reação semelhante à da liberação das tarifas bancárias, em julho passado.

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