São Paulo, segunda-feira, 9 de dezembro de 1996
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56% dos alunos querem mudar 2º grau

FERNANDO ROSSETTI
DA REPORTAGEM LOCAL

Mais da metade dos alunos do 3º ano do colegial em escolas particulares de São Paulo acham que o 2º grau deve mudar, mostra uma pesquisa que acaba de ser concluída com 1.194 estudantes de 22 escolas, da capital e do interior.
Segundo o levantamento, a posição a favor de mudanças reúne 56% dos alunos, contra 40% que consideram que o 2º grau deve permanecer como está.
A pesquisa foi encomendada pelo Grupo-Associação de Escolas Particulares, entidade que reúne 56 escolas particulares no Estado, como o Lourenço Castanho, o Oswald de Andrade e o Bandeirantes.
Segundo a diretora do Grupo, Sylvia Gouvêa, o objetivo da aplicação dos questionários junto aos alunos dessas escolas é fornecer subsídios para a reformulação do 2º grau que está em gestação na Secretaria de Ensino Médio e Tecnológico do Ministério da Educação.
Além de levantar a opinião dos alunos sobre seu curso (veja quadro ao lado) e sobre suas disciplinas (veja quadro abaixo), o questionário apresentou uma série de perguntas qualitativas, que ainda estão sendo tabuladas.
"Os alunos estão muito divididos entre o tipo de formação que o 2º grau deveria dar. Há um grupo que acha que deve preparar para o vestibular, e outro para o qual o curso deve dar uma formação mais geral", afirma Sylvia, com base em uma análise preliminar das respostas qualitativas.
Apenas 51% dos estudantes ouvidos dizem que está preparado para o vestibular.
O questionário mostra também que a área em que os alunos se sentem mais capazes é a de "participar de uma sociedade mais justa" (94%) e de "exercer direitos e deveres de cidadão" (92%).

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