São Paulo, segunda-feira, 9 de dezembro de 1996 |
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País vai defender a liberalização na área agrícola
CLÓVIS ROSSI
É o que conta, em entrevista à Folha o ministro de Relações Exteriores, Luiz Felipe Lampreia. O ministro, chefe da delegação brasileira, faz hoje pela manhã o seu discurso na sessão plenária. A entrevista é a que se segue: Folha - Em que pontos o Brasil joga no ataque e em quais estará na defensiva? Lampreia - No ataque, o Brasil vai dizer que há insuficiente liberalização na área agrícola. Nós somos produtores extremamente eficientes, temos uma agricultura pujante, mas esbarramos na limitação protecionista, especialmente na Europa Ocidental e nos EUA. Na defensiva, estaremos na questão da liberalização adicional, para evitar que a nossa indústria seja submetida a novos choques liberais e a uma competição que ela não poderia suportar com indústrias que têm produtividade muito maior. Falo especialmente da área de informática, na qual está havendo muita pressão para reduções consideráveis das tarifas. E também a questão da cláusula social, na qual o Brasil não é particularmente agressivo, mas tem temores de manipulação negativa do protecionismo, em nome de ideais nobres. Ou seja, uma deturpação dos direitos dos trabalhadores, pois seria uma proteção aos trabalhadores dos outros países. Folha - Há uma tese de que se deveria em Cingapura assentar os alicerces para uma nova Rodada Uruguai, uma nova grande negociação comercial... Lampreia - Não nos recusamos a considerar isso, desde que signifique negociar simultaneamente em várias frentes. Isso permite que haja um certo balanço. (CR) LEIA MAIS sobre a reunião da OMC à pág. 2-11 Texto Anterior: Brasil enfrenta tiroteio contra Mercosul Próximo Texto: Minoritários brigam pelos seus direitos Índice |
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