São Paulo, terça-feira, 10 de dezembro de 1996
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FHC faz crítica a intermediação de recursos do Orçamento

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O presidente Fernando Henrique Cardoso condenou ontem a intermediação privada de verbas do Orçamento e disse que os programas desenvolvidos por seu governo não visam "eleger ninguém, mas resolver os problemas efetivos do país".
"Estamos desprivatizando (sic) o Estado (...) para utilizar os recursos que são do povo, que estão no Estado para fins públicos, sem que haja a intermediação privada direta", afirmou.
As declarações foram feitas quatro dias depois do estouro de mais um escândalo envolvendo a comissão de Orçamento do Congresso. FHC participou ontem no Palácio do Planalto da assinatura de convênio entre o Comunidade Solidária e o grupo Gerdau para financiar cursos para formação profissional de adolescentes.
FHC mandou um recado para as pessoas que, segundo ele, "custam a sair do passado" e insistem em pensar que os recursos orçamentários podem servir a interesses pessoais.
"Estamos empenhados em utilizar melhor esses recursos (...) e que a sociedade (...) esteja participando de programas que não são clientelistas, que não visem eleger ninguém, mas que visem resolver problemas efetivos do país", afirmou o presidente.
Ele disse que, no começo de seu governo, o Comunidade Solidária foi bombardeado por críticos que apostavam que o programa se tornaria uma moeda de barganha.
"Até imaginavam que ele fosse ter recursos orçamentários e que fosse um instrumento para a ação política. As pessoas custam a sair do passado. Algumas até gostam de ficar no passado", disse.
Segundo ele, essas pessoas "repetem o que não é verdadeiro para darem a impressão de que continuamos prolongando uma situação que hoje é inaceitável no Brasil".

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