São Paulo, terça-feira, 10 de dezembro de 1996 |
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Shimada diz que não perdoa
MAURO TAGLIAFERRI
Vivendo de fazer fotocópias no centro de São Paulo, Shimada afirma que não consegue perdoar os que o acusaram de molestar crianças. (MT) * Folha - O que o sr. achou da sentença que lhe dá cem salários mínimos de indenização? Icushiro Shimada - Não foi muito boa. A sentença foi bonita, mas o valor é baixíssimo. Não sei de onde o juiz tirou essa indenização. Folha - Que avaliação o sr. faz do episódio da escola Base? Shimada - Não esquecerei jamais o que fizeram comigo. Sempre procurei andar no trilho certo, mas pisaram na bola. Foi uma loucura. Não consigo perdoar, sou só um ser humano. Perdoar é para Deus. E não serviu para nada. Você vê o caso do bar Bodega. Foi a mesma coisa. Minha mulher está fazendo tratamento psiquiátrico por causa de tudo o que aconteceu. Eu mesmo tive um infarto, em novembro do ano passado. Folha - Como é a vida do sr. hoje? Shimada - Tenho uma copiadora, mas estou direto no vermelho no banco. Mal dá para chegar ao fim do mês. Não tenho mais amigos, não quero mais saber deles, quero distância de todos. Texto Anterior: Estado terá de indenizar dono da escola Base Próximo Texto: Bando invade Febem e liberta oito menores; Saúde quer repassar verba de salários hoje Índice |
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