São Paulo, terça-feira, 10 de dezembro de 1996
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405 mil consorciados têm parcelas em atraso

ARTHUR PEREIRA FILHO
DA REPORTAGEM LOCAL

A inadimplência (atraso de pagamento) nos grupos de consórcio atingiu 16,44% em outubro, segundo dados do Banco Central.
O atraso de pagamento cresceu mais nos grupos de produtos eletroeletrônicos: passou de 13,55%, em maio, para 16,32%, em outubro. Mas a inadimplência é maior nos consórcios de motos: 17,89%. Nos grupos de automóveis -cerca de 60% do total-, a inadimplência chega a 15,98%.
Os números foram divulgados pela Abac (Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios). Vitor César Bonvino, presidente da entidade, diz que a inadimplência do setor "não é alarmante" e se manteve estável nos últimos meses. Segundo ele, não há atraso na entrega de produtos, porque os devedores são cobertos pelo fundo de reserva.
Até abril deste ano, a inadimplência do setor estava entre 9% e 10%. Mas Bonvino diz que o aumento para o patamar atual foi provocado por mudança de critério: o BC passou a considerar inadimplente o consorciado que atrasa uma parcela (antes eram duas).
O sistema de consórcio movimentou R$ 5,6 bilhões em 96, 17% mais do que em 95, apesar de queda de 39,3% nas contemplações.
Segundo Bonvino, isso é explicado pelo aumento de preço do carro "popular", que chegou a representar 90% das vendas dos consórcios de carros.

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