São Paulo, terça-feira, 10 de dezembro de 1996
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Empresa nega negociações

FÁTIMA FERNANDES
DA REPORTAGEM LOCAL

A Rhodia-Ster nega que esteja negociando a venda da sua linha de embalagens PET.
O fato de o ano ter sido ruim para o setor por conta de variações bruscas no preço da resina no mercado internacional pode ter gerado esse boato.
A análise é de Álvaro Werner Von Dreifus, responsável pela área de embalagens da Rhodia-Ster, que deve fechar este ano com produção de 450 milhões de frascos.
Von Dreifus conta que a empresa tem vários projetos para serem deslanchados em 1997 para a linha de embalagens.
Esse mercado no Brasil, conta ele, está em plena expansão. A venda de todos os fabricantes de embalagens PET deve somar 2,5 bilhões de unidades (US$ 500 milhões) neste ano -um salto de 39% sobre o volume do ano passado (1,8 bilhões de unidades).
A Rhodia-Ster tem três fábricas de embalagens PET -duas em São Paulo e uma em Poços de Caldas (MG)- e desde outubro está operando a plena capacidade.
Maus momentos
Até setembro, conta Von Dreifus, a Rhodia-Ster e outros fabricantes de embalagens PET passaram maus momentos. O preço da resina no mercado mundial subiu para US$ 2,5 o quilo e depois caiu para US$ 1,30 -o preço de hoje.
"Com essa oscilação, o estoque ficou caro." Também pesou contra os fabricantes o fato de o mercado de refrigerantes ter sido fraco no primeiro semestre.
No acumulado de janeiro a setembro, o faturamento da Rhodia-Ster foi de US$ 325 milhões e o prejuízo, de US$ 44,8 milhões.
Desde outubro o cenário é outro, analisa Von Dreifus, apesar de a empresa não ter esperanças de tirar o balanço do vermelho. "Os estoques já foram desovados e as empresas estão voltando a operar com lucro."
Dreifus diz que em 1997 as embalagens PET vão estar mais presentes no mercado de alimentos, produtos de limpeza, bebidas destiladas e refrigerantes, entre outros.
Resina
A Rhodia-Ster é a maior fabricante de resina PET da América do Sul, com produção de 187 mil toneladas/ano (prevista para 1997).
A empresa faz a matéria-prima em duas fábricas -uma em Poços de Caldas (MG) e outra na Venezuela. Outra unidade em Poços de Caldas entra em operação no ano que vem.
(FF)

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