São Paulo, terça-feira, 10 de dezembro de 1996
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Volkswagen pode pedir perdão à GM

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

O presidente do grupo alemão Volkswagen, Ferdinand Piëch, deverá expressar na próxima quinta-feira seu "profundo pesar" diante da montadora gigante norte-americana General Motors (GM), que o acusa de espionagem industrial por meio da contratação do basco José Ignacio López de Arriortúa, afirmou ontem o diário "Die Welt".
Embora o jornal tenha atribuído a informação ao diretor de comunicação da VW, Klaus Kocks, um porta-voz da montadora negou-se a comentá-la e chegou mesmo a afirmar que ontem não seria possível falar com Kocks.
A GM e a Opel (filial européia da General Motors) abriram processos contra a VW na Alemanha e nos Estados Unidos por espionagem industrial e conspiração criminosa, acusando López de Arriortúa, ex-vice-presidente da GM contratado pela VW em março de 1993, de roubo de documentos secretos da GM.
Para interromper os procedimentos judiciais e chegar a um acordo amistoso, a GM e a Opel exigem da VW uma indenização financeira e a confissão de que foram cometidos atos ilícitos.
Até agora, a VW reiterava que não iria pedir desculpas, considerando que se tratava de um truque jurídico que equivaleria à confissão de culpa. No último dia 4, o próprio Kocks declarou que o grupo expressaria seu mais profundo pesar se a atitude não fosse vista como uma confissão.
Ao passar para a VW, López levou sete colaboradores. A GM e a Opel esperam que esses colaboradores também sejam afastados da VW, a exemplo do que já ocorreu com o próprio López, desligado da empresa logo depois que um juiz de Detroit, na terça-feira passada, decidiu que o caso deveria ser examinado no marco de uma lei federal contra o crime organizado.

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