São Paulo, terça-feira, 10 de dezembro de 1996 |
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Internacional "A rua oito, entre a sexta e a quarta avenida, era o centro dessa parte da vida artística de Nova York com que mantive contato no final da década de 30. A arte abstrata era o principal tema entre os artistas que eu conhecia então. Na mente de muitos estava a política radical, mas para eles o realismo social estava tão morto como a cena das artes americanas. A arte dos EUA desejava estabelecer sua independência total, não se submetendo mais à cidade de Paris. O destino da arte britânica, com suas repetidas recaídas no provincialismo, que se pese ainda seu esforço para conseguir a independência durante o último meio século, representa um contraste instrutivo. Os norte-americanos não tiveram que se submeter a Albert Pinkham Ryder para poder se libertar de Paul Cézanne e de Matisse. Uma parte importante dessa diferença é que Nova York ocupava o segundo lugar, depois de Paris, como sede de artistas nascidos e criados em outros países que, da mesma maneira que se tornaram franceses em Paris, se tornaram americanos em Nova York. Graças a De Kooning, Hofmann e outros artistas que nasceram e cresceram no estrangeiro, a arte dos EUA se tornou cosmopolita sem ser menos americana. Ou, talvez dito de maneira mais precisa, a arte internacional, a grande arte, adquire agora uma colaboração norte-americana." O crítico Clement Greenberg na revista "Art News", em 1957 Texto Anterior: Expressionismo abstrato retorna ao México Próximo Texto: Escola trouxe razão aos sentidos Índice |
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