São Paulo, quarta-feira, 11 de dezembro de 1996
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Para alunos, física e química foram as piores

DA REPORTAGEM LOCAL

Mais de 23 mil candidatos compareceram ontem ao vestibular da Universidade Mackenzie. A prova foi composta de 20 questões de português, 10 de inglês, 15 de física e 15 de química. Os vestibulandos tiveram também de escrever uma redação de 15 a 20 linhas.
A universidade apresentou duas versões de prova (A e B): "Por motivos de segurança, distribuímos provas iguais, mas com as questões e as alternativas em ordens diferentes", diz Wlaudimir Carbone, membro da comissão do vestibular.
As provas foram feitas no período da manhã, para a chamada área A (humanas), e à tarde, para as áreas C, D, E, F e G (técnico-científica e artes e comunicação).
A saída dos vestibulandos da Mackenzie, entre 12h e 13h, causou muito transtorno ao trânsito. O congestionamento, que chegou a 7,5 km, atingiu desde o viaduto Pires do Rio, na avenida Radial Leste, até o acesso da ligação leste-oeste para a praça Roosevelt.
"Tivemos de bloquear o acesso dos motoristas que vinham da ligação leste-oeste, sentido Penha-Lapa, para evitar mais congestionamento na área da universidade", afirma Valter Ramos, da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego).
Polêmica na prova da manhã
Para o cursinho Objetivo, que analisou as provas, cinco questões de português da área A apresentam problemas.
O professor José Francisco Lé afirma que não há alternativa correta para as questões 2, 11 e 18: "Elas devem ser anuladas".
Ele aponta outros problemas. A alternativa correta da 7 seria a C e não a D, como informa o gabarito oficial da Mackenzie. Na questão 16, o professor diz que há duas corretas, a C e a B -esta última do gabarito.
A banca examinadora da universidade mantém o gabarito oficial. "Não há nenhuma alteração. Mas agradecemos ao Objetivo pela preocupação", diz Wlaudimir Carbone.
Quanto à redação, o professor Lé diz que o tema (violência) é atual, e os alunos não devem ter tido dificuldade para desenvolvê-lo.
Na prova de química, o professor Sérgio Teixeira Bignardi critica a distribuição de assuntos: "Deveria haver uma ênfase maior em físico-química".
Ele considera a prova adequada para os alunos da área de humanas: "O nível é elementar".
O professor de física Reinaldo de Souza diz que a prova dessa matéria está bem-feita. "As questões mais difíceis são as de número 50, 53 e 57." Para ele, faltou mais ondulatória (parte da física).
Testes feitos à tarde
Quanto à prova de física da parte da tarde, o professor do Objetivo Eduardo Figueiredo dá os parabéns à banca examinadora pela boa elaboração, capaz de avaliar bem os candidatos.
A questões de química também foram bem elaboradas e de grau de dificuldade médio, diz Antônio Mário Salles, coordenador da disciplina do cursinho.
Porém muitos candidatos saíram da prova alegando grande dificuldade nas provas de física e química. "Fiz as provas da Faap e da USP, e as de química e física da Mackenzie foram as mais difíceis", diz Mauro Caldeira, 20. Fábio Cesar Narciso, 17, já aprovado na Faap, disse que estudou muito e assim mesmo encontrou problemas para resolver a prova de química.
Amanhã, os mesmos candidatos farão 20 questões de matemática, 10 de biologia, 15 de geografia e 15 de história.
No período da manhã, as provas começam às 8h30, e à tarde, às 14h30.

Texto Anterior: Papo on line sobre Fuvest
Próximo Texto: Primeira prova, de física, é 'trabalhosa e cansativa'
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.