São Paulo, quarta-feira, 11 de dezembro de 1996
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Mercosul busca mais parceiros

CLÓVIS ROSSI
DO ENVIADO ESPECIAL

O Mercosul, o conglomerado Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai, manteve ontem encontros, em separado, com dois outros blocos regionais do Sul, a área pobre do planeta.
Primeiro, com a Asean (Associação das Nações do Sudeste Asiático), que reúne Indonésia, Malásia, Filipinas, Cingapura, Tailândia, Vietnã e Brunei. Mais Laos, Camboja e Burma como observadores.
São uma espécie de primos-pobres da Ásia, ainda que, entre eles, figurem "tigres" como Cingapura e Malásia.
Depois, a reunião foi com a SADC (Conferência de Desenvolvimento Sul-Africana), um bloco em formação de 11 países, cujo eixo é a África do Sul, o mais desenvolvido do mais pobre dos continentes.
Parecem encontros entre os marginalizados no grande banquete da globalização, mas vai muito além disso.
Alguns dos países da Asean participam também da Apec (Cooperação Econômica Ásia-Pacífico), o conglomerado de 18 países que inclui Japão e Estados Unidos, as duas maiores economias do mundo.
A Apec é, por sua vez, o bloco mais avançado na fixação de datas para completa abertura de suas economias para os demais membros: 2010 no caso dos países ricos do grupo e 2020 para os demais.
O chanceler brasileiro Luiz Felipe Lampreia faz uma avaliação positiva: "Pela primeira vez na história, há no Sul grupos regionais com certa massa crítica".
Os dois encontros foram exploratórios, mas, de todo modo, combinou-se ampliar a exploração.
Tanto no caso da SADC como da Asean, o Mercosul enviará ou receberá observadores para as tradicionais reuniões de cúpula de cada ano ou cada semestre. (CR)

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