São Paulo, quinta-feira, 12 de dezembro de 1996
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'Essa é uma versão fantasiosa'

FREE-LANCE PARA A AGÊNCIA FOLHA

O ex-diretor do Centro Penitenciário Agroindustrial de Goiás (Cepaigo) Nicola Limongi nega a versão segundo a qual a Polícia Civil estaria interessada na morte do sequestrador Leonardo Pareja, ocorrida na última segunda-feira.
"Essa é uma versão fantasiosa. O que houve foi uma briga entre eles (os presidiários) mesmos", afirmou Limongi.
Ele foi um dos reféns durante a rebelião no Cepaigo, em março passado, quando ainda dirigia o presídio.
Limongi foi também autor de dramático apelo por sua vida, quando chorou ao ser levado pelos revoltosos ao muro externo do Cepaigo para acelerar a nervosa negociação que estava sendo travada, à época, com a polícia e o governo do Estado.
Na visão de Limongi, Pareja "teve o fim que escolheu para sua vida ao optar pelo caminho do crime". Para ele, não há "marginal que consiga viver por muito tempo".
Ele reconheceu, no entanto, que houve participação de um agente penitenciário no crime, acusado de favorecer a entrada das armas e munições no presídio -uma evidência clara de falta de segurança interna no Cepaigo.
A princípio, Limongi havia afirmado que preferia nada comentar a respeito do crime.
"O Pareja está morto. Fim da história", disse.
Limongi diz achar que Pareja e seus companheiros de prisão foram vítimas de uma reação armada pelos próprios presos.

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