São Paulo, quinta-feira, 12 de dezembro de 1996 |
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Força quer o fim de duas contribuições
SÉRGIO LÍRIO
O projeto prevê também o fim da unicidade sindical, com um período de transição para uma estrutura de pluralidade. Segundo o presidente da Força Sindical, Luiz Antônio de Medeiros, o período de transição ideal seria de dez anos, a partir da aprovação de uma nova lei. Depois desse período, a lei permitiria a existência de mais de um sindicato por categoria em uma mesma base (cidade ou região). O projeto da Força, que seria uma emenda ao artigo 8º da Constituição, prevê o fim do imposto sindical e da contribuição assistencial, que são compulsórios. Seriam mantidas a mensalidade associativa, voluntária, e a contribuição confederativa, que também é compulsória. Um sindicato como o dos metalúrgicos de São Paulo teria seu orçamento reduzido de R$ 40 milhões para R$ 20 milhões, por exemplo. "Isso vai provocar o fechamento de muitos sindicatos e federações, mas a sociedade está cobrando a redução das contribuições", disse Medeiros. Em alguns casos, calcula a Força, um trabalhador chega a pagar mensalmente 3% do salário em contribuições para os sindicatos. Projeto conjunto O projeto da Força representa um "racha" das centrais brasileiras, que há cerca de um mês criaram uma comissão conjunta para elaborar uma proposta de reestruturação sindical. Segundo Medeiros, a Força resolveu lançar uma proposta própria porque as discussões com a CUT (Central Única dos Trabalhadores) e a CGT (Confederação Geral dos Trabalhadores) não avançaram. "É preciso apresentar uma alternativa rapidamente, antes que o governo apresente uma e acabe com o movimento sindical", afirmou Medeiros. O presidente da CUT, Vicente Paulo da Silva, o Vicentinho, disse que a proposta da Força é uma decisão de "cúpula". "Nós temos uma proposta de reestruturação sindical discutida em congresso e não uma decisão de cúpula", disse Vicentinho. Segundo ele, a CUT defende o fim de todas as contribuições sindicais compulsórias. Texto Anterior: Conferência da OMC descarta proposta defendida pelo Brasil Próximo Texto: Centrais pedem treinamento Índice |
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