São Paulo, quinta-feira, 12 de dezembro de 1996
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Publicidade deve faturar US$ 17 bi na AL

CÉLIA DE GOUVÊA FRANCO
DA REPORTAGEM LOCAL

O faturamento do mercado publicitário na América Latina este ano deve ser de US$ 17 bilhões. O que significa uma expansão de 25% em relação a 95, uma das maiores taxas de crescimento de todo o mundo, que tenderia a se repetir em 97.
São dados como esses que justificam o crescente interesse dos grandes grupos internacionais de comunicação pelo mercado publicitário latino-americano.
Seguindo essa tendência, foi anunciada ontem a decisão do grupo Lowe, a 14ª maior rede de agências de propaganda do mundo, de se expandir na região, onde atua até agora apenas no Brasil e México. O grupo contratou o publicitário José Eduardo Cazarin, 41, para montar uma rede de agências na região a partir de janeiro.
A intenção é fazer associações com agências em países como Argentina, Chile, Uruguai e Venezuela em 97, disse Cazarin, que montou nos últimos meses uma rede de agências independentes para atender a conta da Parmalat, sob a coordenação da DM9.
As associações deverão ser semelhantes à que existe no Brasil, onde o grupo Lowe tem uma participação minoritária na Lowe Loducca, explicou Celso Loducca, 38, presidente da agência. Este ano, o faturamento do grupo deve ser de US$ 3 bilhões, sendo US$ 45 milhões na Lowe Loducca.
A formação de uma rede na América Latina, afirmou Cazarin, tem o objetivo de permitir a troca de experiências e know-how entre agências e eventualmente de realização de projetos em conjunto.
Custos elevados
Hoje, os custos de produção publicitária são muito mais elevados no Brasil do que em qualquer país da América Latina. Um levantamento feito por Cazarin junto às principais produtoras de comerciais da região mostrou que os custos na Argentina, o segundo país mais caro, correspondem a cerca de 80% dos custos brasileiros, com padrões de qualidade semelhantes.
O país mais interessante para a produção de anúncios seria o Uruguai, por oferecer excelente qualidade de técnicos e custos que chegam a 35% dos adotados no Brasil.

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