São Paulo, sábado, 14 de dezembro de 1996
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Adiamento de decisão ajuda servidor

SILVANA DE FREITAS
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Alheios ao confronto entre os Poderes Executivo e Judiciário em torno do reajuste de 28,86%, os representantes sindicais dos servidores civis do Executivo aprovaram, internamente, o adiamento da decisão judicial sobre a questão.
O STF (Supremo Tribunal Federal) decidirá se 11 servidores têm direito ao índice, concedido em 93 a servidores do Judiciário e Legislativo. Para a categoria, o julgamento anteontem criaria o risco de o governo desistir da correção salarial de até 9% em janeiro.
"O governo poderia usar a vitória para não dar aumento na data-base", disse José Marcos dos Santos, diretor da Unacon (reúne técnicos de finanças e controle).
Para os servidores, há 23 meses sem reajuste, a decisão agora ou em fevereiro cria o mesmo problema: assegurar até julho a inclusão da verba no Orçamento de 98.
Reunidos ontem, os servidores comemoraram a crise gerada pela declaração do ministro Luiz Carlos Bresser Pereira (Administração). Na quarta, Bresser disse que a concessão do reajuste representaria um "desastre nacional".
Para o STF, a afirmação foi uma tentativa de pressão. FHC desculpou-se com Sepúlveda Pertence, presidente do STF, pela declaração de Bresser. Ontem, FHC disse que o problema está superado e que não houve tentativa de pressão.

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