São Paulo, sábado, 14 de dezembro de 1996
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Senado reage à investigação

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O Senado reagiu ontem contra a decisão da comissão de sindicância da Câmara de pedir investigações adicionais sobre o suposto envolvimento do senador Carlos Bezerra (PMDB-MT) em irregularidades na distribuição de recursos do Orçamento da União de 97.
O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), por meio do diretor da Secretaria de Comunicação, jornalista Fernando César Mesquita, disse que a acusação contra Bezerra é um equívoco e que está certo da honradez dele.
Para Sarney, a comissão agiu de forma "irresponsável", ao levantar suspeitas sem ouvir o senador.
Ontem, durante discurso feito por Bezerra na tribuna do Senado, os nove senadores presentes à sessão fizeram apartes para se solidarizar com Bezerra, que afirmou estar "revoltado com a leviandade, a incompetência e a irresponsabilidade da comissão da Câmara".
Romero Jucá (PFL-RO) disse que Bezerra "está sendo vítima de um jogo político que mistura questões extra-Orçamento".
Pedro Simon (PMDB-RS) estranhou que, em vez de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) dos Corruptores, que ele propôs com base nas provas reveladas pelas CPIs do Impeachment e do Orçamento sobre a atuação das empreiteiras, um representante delas (Alfredo Moreira, da Andrade Gutierrez) tenha virado, "de repente, um santo". Jonas Pinheiro (PFL-MT) disse que é "adversário político" de Bezerra, mas, mesmo assim, defendeu sua "honradez".

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