São Paulo, domingo, 15 de dezembro de 1996 |
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Sindicalista vê 'glamourização'
JOSÉ MASCHIO
Segundo ele, isso acontece porque o Estado não tem como foco principal o aprendizado. Para Miranda, a Universidade do Professor tem o "toque da imponência" do governo Lerner. O presidente do sindicato disse que, por uma semana, o Estado "supre as necessidades culturais e de conhecimento dos professores". "O professor foi levado a um grau tamanho de privações, até mesmo de dificuldades de alimentação, que perdeu todo acesso à cultura; ele é levado para lá e, é claro, fica encantado." Segundo Miranda, o objetivo básico, porém, que é o conhecimento de sua disciplina, ele não recebe em Faxinal do Céu. "É uma jogada hábil, mas não supre as necessidades, não faz o principal que é o professor saber ensinar e ensinar bem". Miranda critica também a metodologia dos seminários avançados. Especialmente o que Arthur Pereira e Oliviera Filho chama de "resgate do ser humano por meio da reflexão". "Não somos contra esse resgate, mas a função do Estado deveria ser instrumentalizar o professor para a educação." Ele pede um debate sobre a função da Universidade do Professor, "pois lá não se aceitam críticas, eles querem descaracterizar a escola como local do saber sistematizado". Texto Anterior: Corpo docente é heterogêneo Próximo Texto: Procon alerta contra compras a prazo Índice |
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