São Paulo, domingo, 15 de dezembro de 1996
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Burocracia emperra união

DENISE CHRISPIM MARIN
DA ENVIADA ESPECIAL A FORTALEZA

O Mercosul ainda não superou a antiga tradição de seus membros de frear a implementação de acordos com boa dose de burocracia, ou de emperrar negociações que poderiam estar concluídas.
Parte dos acordos negociados nos últimos cinco anos não saiu do papel, e alguns dos entraves práticos à integração, citados desde 1991, ainda estão sem solução.
Embora os quatro países insistam que a nova fase começa agora com a harmonização de regras internas, a 11ª Reunião do Conselho do Mercosul começa trazendo a carga das tarefas ainda não cumpridas.
Essa realidade estará embutida nos compromissos que os presidentes Fernando Henrique Cardoso, Carlos Menem (Argentina), Júlio María Sanguinetti (Uruguai) e Juan Carlos Wasmosy (Paraguai) devem assumir.
Embora o volume de comércio entre os países do Mercosul tenha saltado de US$ 4,2 bilhões, em 90, para US$ 12,3 bilhões, em 94, a troca de produtos é boicotada todos os dias pelos trâmites nas fronteiras.
"Devemos concluir as negociações para solucionar problemas de fronteira ao longo de 97", afirma Diego Guellar, embaixador argentino no Brasil.
As discussões no setor agrícola são as que mais avançaram desde 91. Só neste ano foram aprovadas 31 resoluções que harmonizaram os regulamentos internos. Mas ainda há técnicos nas fronteiras que barram a entrada de produtos por causa de leis que não estão em vigor.
(DCM)

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