São Paulo, domingo, 15 de dezembro de 1996
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Vitrinista ganha até R$ 16 mil por mês

LUÍS PEREZ
DA REPORTAGEM LOCAL

Um vitrinista pode ganhar, por mês, até R$ 16 mil. Mas tudo isso só para pendurar algumas roupas na vitrina de uma loja?
Ele pode trabalhar também prestando serviço de consultoria de moda para grandes confecções, precisa entender de tendências, desenho técnico, saber o que vende e o que não vende.
Isso porque, segundo avaliação dos responsáveis pelo curso técnico do Senac (Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial), 70% das vendas do comércio se relacionam diretamente às mercadorias que são expostas em uma vitrina.
Estudo
O vitrinista precisa saber usar de forma equilibrada materiais de propaganda, cartazes e outros recursos, de acordo com o perfil do cliente, que pode ser uma única loja ou uma grande rede -o que proporciona muito mais oportunidades de trabalho.
Para isso, ele tem aulas de perspectiva, comunicação visual, marketing e história da arte. E é direcionado para o ramo de atividade em que pretende atuar.
Não há só vitrinas de roupas. Produtos alimentícios, eletrodomésticos, artigos de informática, discos, entre outros, também são objeto de estudo do vitrinista.
"Não é só socar um monte de coisas dentro de uma vitrina", diz José Alves de Oliveira Filho, 36, coordenador do curso de vitrinas.
Criatividade
"Não são todas as lojas que têm noção do profissionalismo dessa profissão. Algumas vitrinas são feitas por vendedores", afirma Oliveira Filho, que, além de vitrinista, dá aulas sobre o tema.
A época do ano em que há mais trabalho para o vitrinista é o bimestre outubro e novembro -e é agora, no final do ano, que os resultados começam a aparecer.
"O mercado também depende muito da criatividade das pessoas", afirma Vera Pavão, 44, coordenadora de moda e decoração do Senac.
Os alunos da escola se dividem em dois grupos: o dos que pretendem se tornar vitrinistas profissionais e os que já trabalham em loja -caso de gerentes e vendedores- e pretendem se aperfeiçoar na técnica.
"O interessante é que 95% dos alunos logo põem a mão na massa", afirma Vera.

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