São Paulo, domingo, 15 de dezembro de 1996
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Recursos do FGTS; Declaração preocupante; Censura; Aborto; Corporativismo ou ineficiência; Catálogo; Retratação; Boas festas

Recursos do FGTS
"Tendo em vista reportagem publicada em 10/12, gostaríamos de fazer as seguintes observações: 1 - a priorização de aplicação dos recursos de 1996 foi feita em 26/09/96, e não 'só neste mês de dezembro; 2 - o valor de R$ 17,8 milhões informado como 'liberado para moradia' é, na verdade, 'contratado', o que representa 36% do total disponível de R$ 49,47 milhões disponibilizados; 3 - o valor de R$ 3,41 milhões informado como 'contratado no Pró-Saneamento' é, na verdade valor 'liberado', já desembolsado para um montante contratado de R$ 9,6 milhões; 4 - o valor efetivamente disponível, em setembro, era de R$ 95,6 milhões, e não R$ 129,7 milhões como consta da reportagem, pois parte somente foi disponibilizada para seleção em 28/11/96, cuja priorização complementar foi feita em 3/12/96.
Conclusivamente, entendemos que o autor confundiu os conceitos de 'liberado' e 'contratado'.
Os números corretos de Minas Gerais estão assim resumidos: A - Pró-moradia, orçamento de 1995 (R$ 49,7 milhões): foram contratadas efetivamente 20 operações no total de R$ 13,9 milhões, portanto 27,9%, e liberados R$ 4,8 milhões, portanto 9,6%; B - Pró-saneamento, orçamento de 1995 (R$ 52,4 milhões): foram contratadas efetivamente seis operações no total de R$ 19,1 milhões, portanto 36,4% (e não 2,6%, como constou da reportagem), e liberados R$ 3,4 milhões, portanto 6,5%.
Silvio André de Oliveira, secretário executivo do Conselho Estadual de Habitação de Minas Gerais (Belo Horizonte, MG)

Resposta da jornalista Shirley Emerick - 1) A priorização da aplicação dos recursos do FGTS começou a ser definida em setembro, mas só foi concluída em dezembro; 2) leia nota na seção "Erramos" abaixo; 3 e 4) os números da reportagem foram retirados do relatório da 42ª reunião do Conselho Curador do FGTS, documento oficial da Caixa Econômica Federal.

Declaração preocupante
"Quanto à declaração do futuro ministro da Saúde, dr. Carlos César de Albuquerque, de que o princípio da saúde universal e gratuita 'é uma filigrana, uma coisa mais ou menos secundária' (13/12), a Federação Nacional dos Médicos manifesta sua máxima preocupação com a mesma.
Os governantes devem cumprir as leis. O direito fundamental de cada cidadão brasileiro à saúde, consagrado no art. 169 da Constituição, que assegura a saúde como 'direito de todos e dever do Estado', representa o que de mais avançado existe nas políticas de saúde a nível mundial."
Eurípedes B. Carvalho, presidente da Federação Nacional dos Médicos -Fenam (Rio de Janeiro, RJ)

Censura
"Enquanto a Folha enrola o tempo com as mazelas do PT e a viagem particular de Pitta ao exterior, os concorrentes vão fundo e denunciam as maracutaias que interessam a todo o povo brasileiro.
Que saudades daquele tempo em que o leitor da Folha não precisava comprar outro jornal e que a Folha não estava com o rabo preso com o governo, esperando ganhar concessão para a telefonia celular e participação nas ações da privatização-doação das empresas públicas.
Hoje até o 'Painel do Leitor' é censurado, não publicando nenhuma carta de leitor contra o governo. Será que entre os leitores ninguém escreve?"
Flávio Linhares Pinheiro (Belo Horizonte, MG)

Aborto
"Os romanos, há 2.000 anos, tinham melhores soluções para os pequeninos enjeitados do que hoje. A solução era simplesmente abandoná-los na Coluna Lactária do mercado de legumes de Roma, ou Fórum Olitorium.
Lá eram depositados dezenas de bebês a cada noite, e a cada noite lá compareciam dezenas de mães abnegadas, dispostas a adotar um filhinho; na manhã seguinte todos estavam amparados.
Portanto devemos refletir que é menos criminoso o abandono de uma criança do que o ato de um aborto."
Raul Magalhães (Belo Horizonte, MG)

Corporativismo ou ineficiência
"Na reportagem da Folha de 1º/12 sobre aposentadorias especiais, estranhei o fato de a reportagem citar o salário de várias categorias (por sinal, valores que enojam qualquer pessoa de bom senso que conheça os problemas do nosso país) e apenas comentar superficialmente sobre os salários dos jornalistas anistiados.
Fala-se de um 'paradigma Globo', mas o salário em nenhum ponto é quantificado.
Por quê? Será autoproteção corporativa ou ineficiência do repórter na busca da informação?"
Jayme de Seta Filho (São Bernardo do Campo, SP)

Catálogo
"Que a exposição 'Antarctica Artes com a Folha' foi um grande sucesso, não é novidade alguma. Como artista participante desse evento tive muita satisfação de conviver e estabelecer diálogo com os outros artistas e com os curadores.
Entretanto, um ponto fundamental ficou esquecido, ou colocado em segundo plano: a publicação de um catálogo do evento. Creio que o catálogo não é de interesse exclusivo dos artistas participantes, mas também dos curadores, da produção, dos patrocinadores, críticos de arte, galerias, visitantes; enfim, de todo o circuito de artes."
Fábio Carvalho, artista plástico (Rio de Janeiro, RJ)

Retratação
"Venho pedir a retratação de reportagem de 24/11, já que esta me deixou envergonhado com mentiras escritas a respeito do meu ponto de vista; estou fazendo papel de 'vagabundo', o que não sou.
Os dizeres que estão logo abaixo da foto, 'chutei tudo, estava muito sol para fazer o provão', são falsos, e tenho testemunhas que acompanharam a entrevista e que podem provar.
Esses dizeres mostram a intenção do jornalista de deixar claro que os alunos que são contra o provão são simplesmente vagabundos e não terão os seus pontos de vista respeitados."
Rodrigo Benitez (São Paulo, SP)

Resposta do jornalista Luís Perez - Em conversa não gravada, o entrevistado declarou exatamente o publicado, em tom de ironia.

Boas festas
A Folha agradece e retribui as mensagens de boas festas que recebeu de: Miguel Jorge, vice-presidente de Assuntos Corporativos e Recursos Humanos da Volkswagen do Brasil (São Paulo, SP); Fernando Portela, da Fiat do Brasil S/A (São Paulo, SP); Advocacia J. Saulo Ramos (São Paulo, SP); Cia Antarctica Paulista (São Paulo, SP).

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