São Paulo, domingo, 15 de dezembro de 1996
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Record e Manchete crescem e já disputam 3º lugar com a Band

DANIEL CASTRO
DA REPORTAGEM LOCAL

As redes Record -impulsionada pelo telejornalismo- e Manchete -graças a telenovelas e programas policiais- foram as que mais cresceram em audiência no horário nobre, em 96, na Grande São Paulo.
Dados do Ibope mostram que as duas emissoras atingiram neste ano -pela primeira vez desde 92- a média quadrissemanal de 3 pontos de audiência, igualando-se à Bandeirantes e à Cultura.
Em alguns casos isolados, as duas emissoras chegam a ameaçar a vice-liderança do SBT (10 pontos). A Globo mantém-se líder com 35 pontos de média (veja quadro ao lado).
Cada ponto de audiência na Grande São Paulo equivale a cerca de 80 mil telespectadores.
Os dados são parciais. Se referem apenas à média de audiência de cada emissora, entre 18h e 23h59, no período entre a 41ª e a 44ª semana do ano, que coincide com o mês de outubro -considerado pelo Ibope o mais regular e representativo do calendário.
O Ibope dispõe de dados quadrissemanais desde 92.
A Bandeirantes, à noite, caiu de 6 pontos de média em 93 para 4 em 95 e para 3 em outubro de 96.
O SBT também perdeu público. Em outubro de 92, tinha 14 pontos de audiência na faixa noturna. Caiu para 12 em 93 e 94, para 11 em 95 e para 10 em 96.
A Globo manteve-se estabilizada nesses anos todos entre a média de 35 e 39 pontos no Ibope.
A Record e Manchete sempre tiveram média de 2 pontos. Embora muito distantes da Globo, elas festejam o crescimento, de 50% em apenas um ano.
Os números são mais favoráveis ainda à Record e à Manchete quando analisados os dados sobre domicílios com TVs ligadas, durante este ano. A Grande São Paulo, para o Ibope, tem 3,97 milhões de domicílios com TV.
Entre 1º e 28 de janeiro, à noite, a Manchete teve média de audiência de 60 mil domicílios e a Record, de 90 mil.
A Manchete chegou a 117 mil em outubro e a Record, a 119 mil. Tiveram mais audiência do que a Bandeirantes (113 mil), Cultura (109 mil) e Gazeta/CNT (61 mil).
A Bandeirantes teve seu auge entre 15 de julho e 11 de agosto, durante a Olímpiada de Atlanta: média de 172 mil domicílios.
Já a Cultura deteve o terceiro lugar durante dois meses. O pico foi de 182 mil domicílios entre 17 de junho e 17 de julho.
A Cultura conquistou essa audiência impulsionada pelos infantis "Castelo Rá-Tim-Bum" e "Cocoricó" -que acabaram perdendo público com a volta das aulas e horário de verão.
A Bandeirantes, contudo, é a terceira maior rede em faturamento na Grande São Paulo, atrás da Globo e SBT.
Isso porque a emissora transmite jogos de futebol que, individualmente, dão audiência muito superior a programas da Manchete, Record e Cultura.
No dia 21 de novembro, por exemplo, obteve 13 pontos (cerca de 1 milhão de telespectadores) com o jogo Cruzeiro x Vélez Sarsfield (Argentina), pela Supercopa dos Campeões.

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