São Paulo, domingo, 15 de dezembro de 1996 |
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Avancini critica a atuação de Adriane Galisteu
CRISTINA RIGITANO
"A Galisteu entrou no projeto como estratégia de marketing. Nunca houve pretensão de grande atuação. Criei uma personagem que eu pudesse controlar. Bem ou mal, a crítica fala muito dela", afirma. O papel vem crescendo desde a cena em que a personagem participou de ritual com uma jibóia -exibida na semana passada. "Clara vai ganhar ainda mais destaque dependendo do desempenho da própria Galisteu", avisa Avancini. "Sou muito exigente. Quero que os atores passem credibilidade. Alguns pensam que em novela de época as pessoas têm de andar como manequins e declamar o texto. Meu grande trabalho foi desfazer esse equívoco", diz. Nem mesmo a Xica da Silva, de Taís Araújo, escapa das críticas do diretor: "Como a Xica, a Taís tem atitude e vontade de acertar. Venceu as primeiras etapas. Agora, tem que trabalhar como se estivesse começando. Foi criticada e parou de balançar. A personagem deve recuperar a sensualidade africana, que ela não tem demonstrado, pois seus signos são da zona sul do Rio." Segundo Avancini, o rigor da novela foi fundamental na conquista do segundo lugar na audiência. No horário, Xica só perde para a Rede Globo, que faz médias de 30 pontos. No Rio, Xica chega aos 12 pontos. Em São Paulo, atinge 9 pontos e disputa a posição com o SBT. "A produção de Xica é diferente das outras novelas que estão no ar. Nós estamos ajudando a recuperar a credibilidade da Rede Manchete. Suprimos a falta de recursos com muito trabalho", diz o diretor. Texto Anterior: 'Rei do Gado' caminha para fim óbvio Próximo Texto: Rei se apresenta na Globo no sábado Índice |
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