São Paulo, quarta-feira, 18 de dezembro de 1996 |
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Ministro quer US$ 100 por habitante
DANIELA FALCÃO
Ele afirmou que chegou a hora do governo priorizar a área social, porque antes tinha de se preocupar em estabilizar a economia. "O produto principal da estabilização econômica certamente é o resultado social. Eu tenho muita fé que isso (o aumento do gasto para US$ 100) irá ocorrer no decorrer do próximo ano." O novo ministro toma posse amanhã às 12h no Palácio do Planalto. Albuquerque chegou a Brasília em um jato da FAB (Força Aérea Brasileira) por volta das 16H45, acompanhado da mãe, mulher e filhos. O novo ministro deveria seguir para o Ministério da Saúde, onde se encontraria com o ministro interino, José Carlos Seixas. Entretanto, quando se aproximou do Ministério da Educação, pediu ao motorista que parasse. Albuquerque encontrou-se com o ministro Paulo Renato Souza (Educação) -responsável por sua indicação- por quase duas horas. Albuquerque é o terceiro ministro a ocupar a pasta da Saúde no governo de Fernando Henrique Cardoso. O cardiologista Adib Jatene assumiu o ministério em janeiro de 95 e permaneceu até novembro passado. Ele foi substituído por Seixas, que era seu secretário-executivo. Jatene pediu demissão depois que a área econômica do governo se recusou a liberar R$ 1,6 bilhão que ele reivindicava para pagar dívidas que vencem até o fim do mês. A dívida da saúde com fornecedores, prestadores de serviços e órgãos é estimada em R$ 4,1 bilhões. Quando Seixas assumiu, o governo federal prometeu liberar R$ 370 milhões dos R$ 1,6 bilhão que Jatene já havia reivindicado. Até agora, só foram liberados R$ 100 milhões. Paulo Renato nega ter sido o responsável pela indicação de Albuquerque. Apesar disso a primeira coisa que o novo ministro fez ao chegar em Brasília foi encontrar-se com Paulo Renato. Segundo assessores do ministro da Educação, o nome de Albuquerque surgiu numa conversa da qual ele participava no Palácio do Planalto, mas não teria sido ele o autor da sugestão. Sinal O novo secretário executivo do Ministério da Saúde, Barjas Negri, é o coordenador do FNDE (Fundo Nacional para o Desenvolvimento da Educação). A escolha de Negri é mais um sinal da ligação entre Paulo Renato e o novo ministro da Saúde. Texto Anterior: Hospital não tem equipamento Próximo Texto: Estoque de sangue é crítico em São Paulo Índice |
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