São Paulo, quinta-feira, 19 de dezembro de 1996 |
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Bjorn Dunkerbeck
CARLOS SARLI
Dinamarquês radicado nas Ilhas Canárias, ele me chamou atenção com sua forma de encarar o fato de ser imbatível no esporte em que compete. Com humildade, que não me pareceu ensaiada, disse que competir contra alguém é bom para elevar o nível do esporte, mas atualmente compete contra seus próprios limites, aumentando o grau de dificuldade das manobras e buscando novos desafios. No começo de outubro, em Portugal, Kelly Slater foi tetracampeão mundial de surfe. Nem precisou vir correr a etapa brasileira e disputa o Pipe Masters hoje, no Havaí, com a tranquilidade de quem já tem seu trabalho consagrado. Pipeline por si só é um desafio. Para quem gosta, um tremendo estímulo. Kelly já venceu três vezes na clássica onda havaiana. Ano passado, precisava da vitória para chegar ao título. Pressionado, foi o campeão. Tão logo venceu seu quarto mundial, Kelly Slater, assim como o australiano Mark Richards, foi bombardeado por jornalistas e curiosos sobre seus quatro títulos. Enquanto o americano reconhecia que a lenda australiana estava em outro nível, Richards, campeão de 79 a 82, atiçava dizendo que quatro seguidos valem mais que os não consecutivos de Slater. Mas ao final aliviava: "Ao menos até o final de 97, ainda detenho o melhor retrospecto". Voltando ao Dunkerbeck: "A existência do ser humano é para aproveitar a vida da forma que lhe dá prazer". E sintetiza: "Surfe, snowboard, windsurfe, sexo". Texto Anterior: O caçador de esmeraldas vem das gerais Próximo Texto: Havaí; Black-tie; TV Índice |
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