São Paulo, quinta-feira, 19 de dezembro de 1996
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Torcidas se ignoram na arena

CELSO FIORAVANTE
DA REPORTAGEM LOCAL

A festa do boi de Parintins acontece anualmente na ilha de Tupinambarana (cerca de 450 km de Manaus, na margem direita do rio Amazonas), nos dias 28, 29 e 30 de junho. A data é fixa, pois ali o boi é mais sagrado que o calendário.
A festa chega a reunir 35 mil espectadores, além dos 7.000 brincantes de cada um dos bois: Garantido e Caprichoso, que desfilam durante cinco horas por noite.
A rivalidade e o respeito entre os bois Garantido (vermelho) e Caprichoso (azul) são tão grandes que quando um deles entra na arena a torcida adversária o ignora, mantendo-se em silêncio.
Conheça agora alguns termos da mitologia do boi para entrar definitivamente na festa.
Toada - ritmo típico da festa do boi
Curral - local onde são realizados ensaios e festas preparatórias para a festa do boi
Galera - torcida organizada
Brincante - componente do boi
Contrário - como o boi opositor é chamado (nunca pelo próprio nome)
Levantador de boi - cantor que puxa a toada (o samba-enredo do boi)
Tripa do boi - pessoa que fica embaixo da armação do boi, que fornece os movimentos ao animal
Majurada de guerra - bateria do boi Caprichoso
Ritmo - bateria do boi Garantido
Saterê-Mawé - tribo originária da ilha de Tupinambarana, que pode levar o pseudônimo "lagarta de fogo".
(CF)

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