São Paulo, quinta-feira, 19 de dezembro de 1996
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Em japonês, mãe de Fujimori engana terroristas

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Um grupo de mulheres japonesas conseguiu enganar os terroristas do MRTA e salvar a mãe do presidente Alberto Fujimori, Matsue Inomoto, que é japonesa.
Ana Tanashiro, uma japonesa que vive no Peru, disse em entrevista à TV local que os guerrilheiros não perceberam que a mãe do presidente estava na embaixada.
As mulheres foram levadas para um quarto pequeno. Tanashiro pediu, em japonês, à mãe do presidente que não dissesse seu nome, pois corria perigo.
Ao ouvir a conversa em japonês, os guerrilheiros ficaram nervosos e exigiram silêncio. Pouco depois, a mãe do presidente foi libertada com as outras mulheres.
Os embaixadores no Peru dos EUA, da Colômbia, do Paraguai, de Israel e do Equador escaparam por pouco de estarem entre os reféns dos guerrilheiros.
Quatro deles chegaram a estar na festa que ocorria na casa do embaixador do Japão no Peru. O último, planejava ir à reunião.
O embaixador dos EUA, Dennis Jett, e seu vice abandonaram a residência do embaixador japonês, Morihisa Aoki, antes de ela ser dominada pelos guerrilheiros, informou o Departamento de Estado norte-americano.
Luis Guillermo Grillo, embaixador da Colômbia, disse que saiu de "10 a 15 minutos" antes da entrada dos guerrilheiros.
O embaixador do Paraguai, José María Fernández, disse que saiu da residência do embaixador Aoki dez minutos antes do início da ação dos guerrilheiros.
Um porta-voz da chancelaria de Israel informou que o embaixador do país no Peru, Yoel Slepak, também saiu da residência poucos minutos antes do incidente.
Já o embaixador do Equador, Horacio Sevilla, afirmou que planejava ir à Embaixada do Japão, mas foi primeiro a um coquetel.

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