São Paulo, sexta-feira, 20 de dezembro de 1996
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Menem reduz poder dos sindicatos

RODRIGO BERTOLOTTO
DE BUENOS AIRES

O presidente argentino, Carlos Menem, interrompeu as conversações com os sindicatos argentinos e baixou três decretos.
O primeiro acaba a participação dos sindicatos nacionais nas negociações entre empregados e empregadores de pequenas e médias empresas.
O segundo estabelece que todos os acordos trabalhistas agora vigentes tenham sempre um prazo definido.
O último decreto retira do âmbito dos sindicatos os planos de saúde dos trabalhadores, que ficam abertos à livre concorrência.
Os líderes sindicais reagiram ontem com ameaças de greve geral. Segundo o presidente da CGT (Confederação Geral do Trabalhadores), Rodolfo Daer, uma reunião na segunda-feira decidirá se a paralisação acontecerá ainda em dezembro ou ficará para 1997.
Menem já havia avisado que decretaria essas leis se não houvesse um avanço nas negociações com as centrais sindicais e se o Congresso não votasse o projeto.
O presidente argentino acredita que a chamada "flexibilização das leis trabalhistas" diminuirá o desemprego (17,3% em outubro).
A flexibilização significa o enfraquecimento político dos sindicatos, que ficaram sem sua principal fonte de renda (a administração dos planos de saúde).

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