São Paulo, sexta-feira, 20 de dezembro de 1996
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População rejeita obra

CASSIANO ELEK MACHADO
DA FOLHA RIBEIRÃO

O prefeito Steven Binnie comprou briga com a cidade para realizar a idéia do amigo Nuno Ramos.
Entre os 38 mil habitantes de Orlândia, cidade cercada por canaviais, é difícil encontrar alguém que se diga a favor da "chuva de meteoros", como é chamado o conjunto, que custou R$ 15 mil. "Fui chamado de maluco por funcionários da prefeitura", diz Binnie.
"Ninguém explicou nada, nem sabe explicar. Dizem que é obra de arte, mas não vi nada de artístico", diz o microempresário Antonio Henrique Araújo, 33, dono de um oficina a poucos metros do parque.
O avicultor Miguel Isper Neto, 27, diz que a obra "deve servir para sentar em cima. É pura perda de tempo." Para o empresário e artista David Mei, 37, o choque cultural era previsível, mas necessário.
O futuro secretário de Cultura, Cyro Catta Preta, 74, atribui a incompreensão à falta de divulgação do projeto. "Nem os artistas locais foram ouvidos."

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